Um estudo internacional conduzido pelo Global Hygiene revelou que o Brasil é o país que mais lava as mãos com sabonetes. Entre os resultados encontrados pelo estudo, está a média global de pessoas que lavam as mãos mais de 5 vezes por dia: 54% da população. Brasil e Alemanha são apontados como os países mais higiênicos do mundo, enquanto China e Malásia tiveram os índices mais baixos.
Mas por que o brasileiro se preocupa tanto com a assepsia? De acordo com Eithan Berezin, microbiologista pediátrico e membro do Global Hygiene Council, o nível de higienização do brasileiro é considerado alto.
“É uma característica nossa, sabemos que o brasileiro gosta de tomar vários banhos por dia, por exemplo. Isso é também social, faz parte do nosso perfil social”, afirma.
Prevenção
Algumas formas de higienização, alerta Berezin, são de fato essenciais para evitar infecções indesejadas, como na alimentação. “A lavagem adequada de alimentos é importante. Agora também está na moda comer alimentos crus, é preciso tomar cuidado com isso”.
Os efeitos nefastos da bactéria E-Coli, por exemplo, que matou mais de 30 pessoas na Europa e que estava presente em diversos legumes, poderia ter sido evitada com o cozimento adequado dos alimentos.
No dia a dia, entretanto, o que vale são os modos mais simples de higienização. “Quando espirrar, não colocar a mão na frente de boca, e sim o cotovelo; lavar as mãos depois de ir no banheiro e depois de tossir são medidas importantes para evitar a disseminação de infecções e vírus”, alerta o especialista.
O álcool gel, segundo Berezin, é também uma forma fácil de deixar as mãos limpas constantemente. “É muito mais fácil e mais rápido higienizar a mão com álcool em gel do que com sabonete. É bom levar esse tipo de produto na bolsa, é uma coisa prática”.
Algumas pessoas, entretanto, devem ficar especialmente atentas com os riscos de infecções. “Os grupos de maior risco são as crianças pequenas e pessoas que já têm alguma doença e se tornam imunodeprimidas, então uma higienização mais intensa para esses grupos é importante”, explica.
Bons hábitos de higiene e o uso regular de desinfetantes, como sabonetes e limpadores de superfícies, também ajuda a reduzir em até 75% o risco de doenças entre crianças.
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