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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Todas as doenças podem ser tratadas com homeopatia? Veja mitos e verdades

Ame-a ou deixa-a. Este é o sentimento que a homeopatia causa tanto em especialistas quanto em pacientes
 
Reconhecida desde 1980 pelo Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM 1000/80), a especialidade médica já é aplicada na rede pública de saúde desde 2006, mas aparece, geralmente, como matéria optativa em poucas universidades brasileiras, como a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
 
O tipo e a gravidade da doença limitam o uso da homeopatia, sendo mais indicada para um tratamento complementar e coadjuvante, já que os efeitos colaterais são muito baixos, quando o medicamento é bem prescrito. "O grande papel da homeopatia é junto a doenças crônicas, como alergias e enxaqueca. Na homeopatia, a gente [médicos] consegue modular os aspectos emocionais, que não são tarjados como doenças, mas que interferem na manifestação das doenças, como nas alergias", diz o médico e pesquisador homeopata, pós-doutorando da FMUSP Marcus Zulian Teixeira.
 
Criada em 1796 pelo médico alemão Samuel Hahnemann (1755-1843), a homeopatia é fundamentada no princípio dos semelhantes, isto é, o tratamento da homeopatia, tanto para sintomas físicos quanto para psicológicos, é feito por meio de substâncias que causam sintomas "semelhantes" aos da doença que será tratada e estimulam o organismo a reagir contra a enfermidade.
 
Estas substâncias provocam uma série de sintomas físicos e mentais no paciente, por isso, segundo Teixeira, o médico precisa ter o conhecimento dos sinais e sintomas objetivos e subjetivos do paciente, a fim de encontrar um medicamento individualizado e que leve em consideração a totalidade de sintomas.
 
Placebo?
Um estudo de 2014 publicado na "Systematic Reviews" analisou o resultado das cinco últimas revisões de ensaios clínicos sobre a eficácia da homeopatia: quatro chegaram à conclusão de que ela tem um pequeno efeito que difere do placebo. E a mais recente concluiu que as evidências não indicam compatibilidade entre os medicamentos homeopatas e placebos.
 
A tendência atual da medicina é buscar tratamentos personalizados para cada indivíduo, como dietas e remédios feitos com base no DNA do paciente. E essa é exatamente a base da homeopatia, onde o remédio para ter efeito deve ser feito para a pessoa, pensando em como o paciente é e como reage a situações cotidianas, ao meio e às pessoas que o cercam.
 
O que falta, de acordo com especialistas, são pesquisas de alta qualidade em homeopatia individualizada, que possa permitir uma interpretação mais clara sobre a eficácia da especialidade e um debate científico mais informado.
 
Não há contraindicações para usar homeopatia. MITO
O tratamento da homeopatia é feito por meio de substâncias que causam sintomas "semelhantes" aos da doença que será tratada e estimulam o organismo a reagir contra a enfermidade. A potência do remédio, conhecida como dinamização, pode provocar reações adversas no paciente, por isso, o presidente da Associação Paulista de Homeopatia, Sérgio Eiji Furuta, alerta para o risco de uma automedicação.
 
Pode consumir álcool durante um tratamento com homeopatia. VERDADE
O consumo de álcool moderado não atrapalha o tratamento homeopata, diz Sérgio Eiji Furuta, presidente da Associação Paulista de Homeopatia.
 
Não é preciso receita médica para usar homeopatia. MITO
A homeopatia é uma especialidade médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina desde 1980, logo necessita e exige prescrição para compra de medicamentos, alerta o médico e pesquisador homeopata, pós-doutorando da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) Marcus Zulian Teixeira. "O remédio tem que ser individualizado segundo o conjunto de aspectos do indivíduo, ou seja, dez indivíduos com a mesma doença teoricamente irão receber dez medicamentos únicos. Isto acontece porque além da doença se manifestar com aspectos diferentes em cada um deles, cada pessoa tem diversos aspectos emocionais, psíquicos, alimentares, entre outros, que mexem com o sistema imunológico de forma particular", explica.
 
Homeopatia não deve ser usada com remédios tradicionais. MITO
Segundo Marcus Zulian Teixeira, médico e pesquisador homeopata, pós-doutorando da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), desde que os remédios tradicionais tenham uma prescrição correta, levando em contra os efeitos colaterais, ambas as medicações (homeopata e alopata) podem ser tomadas de forma simultânea, sem ter interferência nas ações. "Uma pessoa da terceira idade que esteja tomando um remédio para pressão arterial ou um diabético que toma medicamentos não deve deixa de tomar as drogas, mas pode fazer um tratamento homeopata concomitantemente", exemplifica Sérgio Eiji Furuta, presidente da Associação Paulista de Homeopatia.
 
Homeopatia causa reação alérgica. VERDADE
Toda substância pode causar efeito colateral, e na homeopatia não é diferente. Levando em conta a individualidade do paciente e a totalidade dos sintomas, se o medicamento homeopata não for bem prescrito, ele pode ter reações adversas, como a alérgica.
 
Todas as doenças podem ser tratadas com homeopatia. MITO
O tipo e a gravidade da doença limitam o uso da homeopatia, sendo mais indicada para um tratamento complementar e coadjuvante, já que os efeitos colaterais são muito baixos, caso o medicamento seja bem prescrito. "A homeopatia não tem nenhum medicamento que possa substituir a insulina de um paciente diabético, por exemplo, então nem todas as doenças são tratáveis pela especialidade", exemplifica Sérgio Eiji Furuta, presidente da Associação Paulista de Homeopatia.
 
Remédio homeopata potencializa o tratamento com remédios tradicionais. PARCIALMENTE VERDADE
Ambos os remédios, alopata e homeopata, são prescritos de forma diferente, não se excluem e podem agir de forma complementar ou coadjuvante. O paciente tem uma renite alérgica forte, por exemplo, e precisa tomar um antialérgico, conforme ele vai tomando de forma simultânea um remédio homeopático, cada vez menos ele melhorará mais. De acordo com Sérgio Eiji Furuta, presidente da Associação Paulista de Homeopatia, "o tratamento homeopático pode ser associado beneficamente ao tratamento convencional".
 
Homeopatia é a mesma coisa que placebo. MITO
O "efeito placebo", que, de maneira geral, são comprimidos que não têm nenhum princípio ativo, mas produz no paciente a convicção de ter recebido um tratamento, é observado, segundo Marcus Zulian Teixeira, em qualquer remédio. Uma revisão de cinco estudos feita em 2014 concluiu que a homeopatia tinha resultados um pouco maiores do que do placebo para algumas doenças específicas.
 
Homeopatia cura as doenças. PARCIALMENTE VERDADE
"O grande papel da homeopatia é junto a doenças crônicas, como alergia e enxaqueca. Com um bom remédio prescrito com base nos aspectos individuais e levando em conta a totalidade de sintomas físicos e psíquicos, a homeopatia consegue mudar o curso natural da doença para uma melhora, levando em conta o tempo de tratamento e o tipo da doença", explica Marcus Zulian Teixeira, médico e pesquisador homeopata, pós-doutorando da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
 
Se tocar com as mãos o remédio de homeopatia, ele perde o efeito. MITO
Ao contrário do que muita gente acredita, o toque das mãos não interfere no efeito do remédio homeopata. Este deve receber os mesmos cuidados de uma droga tradicional, como não ser exposto ao calor excessivo para não desnaturar as proteínas presentes e, consequentemente, perder a atividade biológica.
 
UOL

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