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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Fabricante de implantes de silicone PIP é condenado à prisão na França

O fundador da fábrica de prótese mamária, Jean-Claude Mas; silicone adulterado continua aditivo de combustível
Eric Estrade/France Presse
O fundador da fábrica de prótese mamária, Jean-Claude Mas; silicone
adulterado continua aditivo de combustível
O fundador da marca de implantes de silicone PIP (Poly Implant Prothèse), Jean-Claude Mas, 74, foi condenado a quatro anos de prisão por esconder informações sobre a natureza do material de baixa qualidade usado nos implantes vendidos a 300 mil mulheres no mundo todo.

No Brasil, segundo a Anvisa, 25 mil dessas próteses foram usadas.

Ele foi condenado depois do escândalo mundial ocorrido em 2011, quando a França recomendou que mulheres com silicone PIP removessem os implantes por causa de uma taxa maior de ruptura. Autoridades francesas interditaram a fábrica, que posteriormente faliu.

No julgamento, ocorrido em Marselha, Jean-Claude Mas também foi condenado a pagar uma multa de 75 mil euros por fraude. O advogado dele, Yves Haddad, disse que apelaria da decisão.

O silicone usado pela marca PIP nunca foi aprovado por autoridades regulatórias e custavam um sétimo do preço de silicones autorizados para uso médico.

O fundador da marca, porém, insistiu em dizer que o gel usado na empresa desde 1991 não era tóxico. Ele disse ainda que as mulheres que reclamaram de seus implantes PIP eram "pessoas frágeis ou que estavam em busca de dinheiro".

Outros quatro executivos da empresa foram condenados a penas que variam de um ano e meio a três anos na prisão.

A presidente de um grupo de vítimas dos implantes PIP, Alexandra Blachere, chamou a sentença de "simbólica".

O julgamento durou dois meses e foi feito em um centro de exibições para acomodar 7.400 pessoas (a maioria mulheres francesas que processaram a empresa) e 300 advogados. O evento foi transmitido em telões, e Mas foi vaiado quando sua imagem foi exibida.

Folhaonline

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