Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



domingo, 2 de dezembro de 2012

Cinco perguntas que podem prever obesidade infantil, segundo estudo

Peso da criança ao nascer e status profissional da mãe são algumas das questões
 
Pesquisadores britânicos afirmam que uma fórmula simples com cinco perguntas é capaz de prever o risco de obesidade de uma criança logo após seu nascimento.
 
Os cientistas do Imperial College de Londres analisaram 4.032 crianças finlandesas nascidas em 1986 e as informações de outros dois estudos, com 1.053 crianças italianas e 1.032 crianças americanas.
 
Eles descobriram que apenas a análise de algumas medidas simples já é o bastante para prever a obesidade.
 
A lista tem cinco perguntas: o peso da criança ao nascer, o índice de massa corporal dos pais, se a mãe fumou ou não durante a gravidez, o número de pessoas que moram na casa da criança recém-nascida e o status profissional da mãe.
 
Os dois últimos itens estão relacionados ao ambiente social no qual a criança nasce e que pode elevar o risco de obesidade. A professora do Imperial College Marjo-Riitta Jarvelin, que participou do estudo, afirmou à BBC Brasil:
 
— Quanto menor o número de pessoas morando na residência, maior o risco de obesidade da criança, pois este número está ligado à mães solteiras. E quanto ao status profissional da mãe, sabemos que uma mãe com maior (nível de) educação é mais bem preparada, sabe mais a respeito da saúde da criança.
 
'A equação é baseada em dados de um recém-nascido que todos podem obter e descobrimos que pode prever cerca de 80% (dos casos de) crianças obesas', afirmou Philippe Froguel, do Imperial College de Londres, que liderou o estudo.
 
Anteriormente, os especialistas acreditavam que fatores genéticos eram os maiores determinantes de problemas de peso em crianças, mas apenas cerca de um em cada dez casos de obesidade é resultado de uma mutação genética rara que afeta o apetite.
 
A pesquisa foi publicada na revista especializada PLos One.
 
Risco conhecido
Os fatores de risco para obesidade já eram muito conhecidos, mas esta é a primeira vez que estes fatores foram colocados juntos em uma fórmula.
 
Para Philippe Froguel, a prevenção da obesidade é a melhor estratégia para a infância.
 
— Infelizmente, as campanhas de prevenção tem sido muito ineficazes para evitar a obesidade entre crianças em idade escolar. Ensinar aos pais sobre o risco do excesso de alimentação e maus hábitos nutricionais seria muito mais eficaz. A mensagem é simples. Todas as crianças em risco devem ser identificadas, monitoradas e bem aconselhadas, mas isto custa caro.
 
'A prevenção deve começar o mais cedo possível, pois perder peso é muito mais difícil', afirmou Marjo-Riitta Jarvelin.
 
Paul Gately, especialista em obesidade infantil na Leeds Metropolitan University, afirmou que uma ferramenta como esta pode ajudar o sistema público de saúde britânico a alcançar especificamente pessoas que tem risco de obesidade, ao invés da abordagem sem foco e única para todos os casos, 'que nós sabemos que não funciona'.
 
— Em vez de gastar com um número enorme de pessoas, podemos ser mais específicos e gastar de forma apropriada. Podemos não economizar no curto prazo, mas gastaremos com mais sabedoria e poderemos reduzir os gastos (relativos a obesidade) do NHS (sistema público de saúde britânico) no futuro. Fizemos um ótimo trabalho destacando que a obesidade é uma questão séria mas deixamos o público em geral paranoico (pensando que) todos correm o risco (de ficar obesos).
 
Fonte R7

Nenhum comentário:

Postar um comentário