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domingo, 2 de dezembro de 2012

Aids continua sendo epidemia grave apesar da queda da mortalidade

Relatório da Unaids revela que a África é o continente mais afetado
 
O total mundial de soropositivos, 34 milhões, reflete uma grave epidemia, embora tenha sido possível reduzir a mortalidade graças aos tratamentos antirretrovirais e os índices estejam "estáveis" na América Latina.
 
Às vésperas da celebração do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, o Programa Conjunto da ONU para o HIV/Aids (Unaids) divulgou seu relatório anual em que se destaca que o continente mais afetado é a África. Cerca de 70% dos portadores do HIV — 23,5 milhões — vivem na África Subsaariana, onde 3,1 milhões de crianças estão infectadas (94% do total mundial das crianças infectadas).
 
Apesar da força desses números, a região também viu uma grande diminuição das mortes relacionadas à Aids, 32% entre 2005 e 2011 — ano em que o número de mortos foi de 1,2 milhão. Graças aos investimentos em tratamentos antirretrovirais o número de mortes anuais por essa doença caiu e passou de 2,2 milhões em 2005 a 1,7 milhão em 2011.
 
Só nos dois últimos anos, o acesso aos tratamentos contra o vírus HIV aumentou 63% no mundo todo. Atualmente, 8 milhões de pessoas recebem tratamento antirretroviral, o que significa que mais pacientes do que nunca recebem ajuda para ter vidas mais prolongadas, mais saudáveis e mais produtivas, segundo a Unaids.
 
Na América Latina, onde a epidemia da Aids, que afeta 1,4 milhão de pessoas, se encontra em uma fase "estável", as pesquisas também revelam uma leve queda de casos de novos infectados.
 
A América Latina se mantém como a região — entre as de renda média e baixa — com a maior cobertura de tratamento para portadores do HIV, com uma taxa de 68% em comparação a uma média mundial de 54%, segundo a Unaids. Além disso, as mortes relacionadas à Aids também caíram na América Latina e no Caribe 10% entre 2005 e o ano passado.
 
No Caribe, a prevalência do HIV chega a 1%, acima de qualquer outra região do mundo exceto a África Subsaariana, embora a epidemia seja relativamente restrita e o número de pessoas com o vírus tenha se mantido relativamente baixo (230 mil) e quase não tenha variado desde o final da década de 1990.
 
Outros casos de sucesso são os do Peru e México, onde o número de mortes por Aids baixou em 55% e 27%, respectivamente. Por outro lado, na Europa Oriental e na Ásia Central (com 1,4 milhão de portadores do HIV), e no Oriente Médio e o norte da África houve "preocupantes aumentos na mortalidade relacionada à Aids", com porcentagens entre 17% e 21%.
 
Assim, na China a Aids causou 17.740 mortes de janeiro a outubro deste ano, o que representa um aumento de 8,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o Ministério da Saúde chinês.
 
No entanto, o país quadruplicou suas despesas contra a Aids, dos US$ 124 milhões em 2007 para US$ 530 milhões em 2011, investimento que foi elogiado neste ano pela ONU quando a China se tornou um dos cinco países que mais contribuem para a campanha global para combater a síndrome. Ao menos uma pessoa a cada hora contrai HIV na Tailândia, onde o número de pessoas infectadas durante as últimas duas décadas supera 1 milhão.
 
Na Rússia, o número de portadores do vírus dobrou nos últimos cinco anos. O país experimenta um aumento contínuo de casos de infecção: foram 60 mil somente em 2012. Em relação a grupos de risco, a infecção por HIV é sistematicamente superior entre os profissionais do sexo (em torno de 23% de infectados) e entre os que consomem drogas injetáveis (com ocorrência 22 vezes maior do que na população geral).
 
Mas a situação também é preocupante entre as crianças, já que menos de um terço dos que convivem com o HIV recebem tratamento antirretroviral o que impede de alcançar o objetivo de conseguir uma geração livre da Aids, segundo denunciou a Unicef.
 
No entanto, a Unicef destacou o "excepcional" avanço conseguido nos últimos anos, quando se registrou uma queda de 24% das novas infecções em crianças: das 430 mil confirmadas em 2009 às 330 mil em 2011. Um dos problemas em relação à doença é que dos 34 milhões de portadores do HIV, apenas 50% sabem que estão infectados pelo vírus.
 
Apesar de tudo, os dirigentes da Unaids asseguraram que pela primeira vez, os investimentos nacionais superaram as doações globais para a Aids, passando de US$ 3,9 bilhões anuais em 2005 para quase 8,6 bilhões em 2011.
 
Fnte R7

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