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terça-feira, 19 de julho de 2011

Com frio e poluição, internações sobem 62% em São Paulo

Pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo relaciona índices de umidade do ar e impacto à saúde

A queda da temperatura abaixo de 17°C - o que aconteceu 12 vezes só neste mês até agora em São Paulo - aumenta os efeitos da poluição e provoca um salto de até 62% nas internações por problemas respiratórios na capital paulista. É o que mostra estudo da Universidade de São Paulo (USP) cujo objetivo é criar um índice para prever os impactos à saúde a partir dos registros de temperatura, poluição e também umidade do ar, que ontem chegou a 23%, marca mais baixa do ano.

O índice preencheria uma lacuna em São Paulo, que sofre com combinações severas de baixa umidade do ar e poluição. Atualmente, espera-se chegar a níveis drásticos para que alguma medida - como uma possível restrição de veículos ou fechamento de escolas - seja debatida.

A pesquisa mostra que depender dos alertas atuais, como os da Defesa Civil para o frio e a umidade, é arriscado. Segundo o estudo, quando há aumento de internações por problemas respiratórios, os índices de poluição estão bem abaixo de níveis considerados preocupantes. A temperatura e a umidade, em combinação com os gases poluidores, são os fatores preponderantes para problemas de saúde.

“Conseguimos ponderar a influência de cada variável climática ou de poluente para saber o que está atuando com mais força em determinado momento”, explica a meteorologista e autora da pesquisa, Micheline Coelho, pós-doutoranda da Faculdade de Medicina da USP.

A pesquisadora já identificou que, a partir dos 17°C, a combinação com a presença dos poluentes no ar torna-se mais perigosa e faz os atendimentos dispararem. As internações por asma, por exemplo, saltam 33% quando a baixa temperatura combina-se com níveis acima de 56 microgramas por metro cúbico de Material Particulado (MP), as partículas inaláveis, como poeira.

Fonte IG

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