O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa justificou hoje com constrangimentos de espaço e antiguidade das instalações o facto de ter adquirido em 2005 uma máquina de radioterapia que ainda está parada.
O Instituto prevê que a situação possa estar resolvida em finais do próximo mês, segundo um comunicado hoje divulgado.
A reação surge depois de o jornal “i” noticiar o relatório de uma auditoria do Tribunal de Contas que considera injustificável que um concurso público lançado em 2004 no valor de mais de quatro milhões de euros tenha como resultado que apenas uma das máquinas esteja em funcionamento.
O IPO explica que os dois aceleradores lineares para radioterapia requerem instalação tecnicamente complexa e com “fortíssimas exigências ao nível das condições de funcionamento”.
Para isso, o instituto necessitava de obras para a construção de um espaço de proteção das radiações do equipamento. Mas a empresa construtora faliu e foi preciso escolher novo parceiro para a obra.
“A resolução de todas estas situações foi consumidora de tempo e o facto de se tratar de equipamento tecnologicamente avançado, em edifícios antigos e com constrangimentos de espaço, levaram a que se registassem demoras não desejáveis”, refere a nota assinada pelo presidente do Conselho de Administração do IPO, Francisco Matoso.
O IPO diz ainda que não fez qualquer pagamento quanto a equipamentos não instalados, adiantando que as obras de instalação do segundo equipamento estão a ser concluídas, o que deve acontecer no fim de agosto.
“As preocupações do IPO em todo o processo foram as de garantir a oferta aos doentes de prestação de serviço de acordo com as mais avançadas técnicas de saúde existentes, em condições de indiscutível segurança e também a continuidade dos tratamentos com normalidade”, acrescenta.
Segundo o jornal “i”, a auditoria do Tribunal de Contas, que data de dezembro de 2010, foi entregue ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa para “competente investigação criminal”.
Fonte Destak
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