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terça-feira, 19 de julho de 2011

Portugal: Hospital de Almada: Inspeção-Geral abriu inquérito à alegada utilização de próteses ortopédicas ilegais

A Inspecção-geral das Actividades em Saúde (IGAS) abriu um inquérito à alegada utilização de próteses ortopédicas ilegais pelo Serviço de Ortopedia do Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, confirmou a Lusa junto de fonte ligada ao processo.

De acordo com uma reportagem da TVI emitida no domingo, o HGO terá colocado, desde 2009, próteses ortopédicas ilegais em mais de trinta doentes.

O conselho de administração do hospital nega as acusações e considera “incorrecta, infundada e alarmista a informação veiculada na reportagem”.

Os serralheiros do hospital, diz a reportagem da TVI, “abriram furos de broca num material que, por razões de segurança, não pode, sequer, ser riscado”.

E para além disso, acrescenta a notícia, “os ortopedistas [do hospital] passaram a aplicar próteses de uma metalúrgica que nunca fabricou nem está autorizada a fabricar dispositivos médicos”.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o conselho de administração do Garcia de Orta afirma que o hospital “não utiliza, nem nunca utilizou, em nenhum doente do Serviço de Ortopedia e Traumatologia qualquer dispositivo médico implantável activo que possa pôr em causa a sua saúde”.

“Os implantes referidos na reportagem não são, ao contrário do que é dito, próteses, mas sim dispositivos médicos feitos por medida, fabricados especificamente de acordo com a prescrição médica e destinados a serem exclusivamente utilizados em doentes de alto risco, em que este tipo de dispositivo permite prevenir e tratar a infecção óssea com uma taxa de sucesso mais elevada do que recorrendo ao método alternativo”, lê-se no mesmo documento.

Para operacionalizar este procedimento clínico, explicou à TVI o director do serviço Ortopedia do HGO, Nuno Craveiro Lopes, foi preciso adaptar o material e criar mais “janelas de libertação do antibiótico”.

A este respeito o hospital acrescenta lamentar que tenham sido divulgadas na reportagem “imagens de irregularidades ou imperfeições do material adaptado nas oficinas do HGO que não correspondem ao material implantando nem às condições em que o mesmo foi adaptado”.

A TVI diz que o Infarmed foi alertado para a situação há dois anos, mas nunca actuou, e que a IGAS instaurou um inquérito para avaliar a situação, informação que a Agência Lusa confirmou hoje junto de fonte ligada ao processo.

Fonte Destak

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