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Por Dra. Barbara Murayama
A ocitocina é um hormônio naturalmente produzido pelo nosso organismo para gerar as contrações do útero durante o trabalho de parto
e a liberação do leite durante a amamentação. Ele foi sintetizado em
laboratório e assim se tornou uma medicação muito útil, que pode ajudar a
salvar vidas, se corretamente indicado.
Esse hormônico
também pode ser usado para iniciar o trabalho quando ele não ocorre
naturalmente, podendo regularizar as suas contrações quando elas não
estiverem efetivas e for diagnosticado que o trabalho de parto não está
evoluindo de maneira adequada.
Além disso, também
pode ser usado para contrair o útero após o parto ou aborto, quando o
sangramento está muito abundante, prevenindo hemorragias que poderiam
levar a perda do útero e até a morte se não controladas adequadamente. É
normal ocorrer sangramento após o parto, mas essa perda de sangue não
pode ser muito forte, pois o risco de haver uma hemorragia nessa fase
aumenta a cada parto que a mulher tenha, podendo ser maior em gestações
gemelares, independente se for parto normal ou cesárea, por exemplo.
Desvantagens do hormônio sintético
Como todo
medicamento, há efeitos colaterais. Pode haver, por exemplo, rotura do
útero quando usado durante o trabalho de parto. Por isso é uma medicação
que só deve ser utilizada em ambiente hospitalar para gestão do
trabalho de parto, sob prescrição e supervisão médica para que a dose e a
infusão sejam feitas adequadamente.
As contrações
causadas pela ocitocina artificial podem ser mais doloridas, mas quando
se utiliza, é porque foi feito um diagnóstico de algum problema no
andamento do trabalho de parto. E se a mãe optou pelo parto sem
analgesia, pode conversar com seu médico, para avaliar a possibilidade
da analgesia ou lançar mão de outras técnicas como banho, massagens, que
aliviam parcialmente a dor.
É preciso entender
que a ocitocina é utilizada como um medicamento, e portanto deve ser
utilizado apenas quando há necessidade. Existem também situações que
contraindicam o seu uso, como a alergia a algum componente da
medicação.
Conversar com o médico é fundamental
É importante que a
mulher escolha seu obstetra após conversar muito sobre esse assunto e
todos os outros relacionados ao momento do parto. Hoje existem mulheres
que não desejam receber nenhum tipo de intervenção durante o trabalho de
parto, mas é preciso entender que o obstetra, tanto quanto os pais, só
quer o melhor para o a mãe o bebê e fará o que estiver ao seu alcance
para entregar à família o binômio mãe e bebê saudáveis.
Mas é claro, que como tudo na
medicina, há variações e linhas de pensamento diversas entre os médicos,
baseado na literatura médica, já que o estudo do ser humano não é uma
ciência exata. Então, além de entender e esclarecer dúvidas é importante
que se encontre um profissional obstetra que se encaixe nas suas
expectativas. Nem sempre seu ginecologista de toda vida será seu
obstetra e não há que se ter vergonha de perguntar, conhecer outros
profissionais.
Quando explicamos
desde o início todo o processo, o que pode acontecer e o que será
necessário fazer em cada situação, o casal se sente seguro e na hora do
parto deixa que a médica e sua equipe trabalhem, se preocupando apenas
em aproveitar o momento e curtir.
Minha Vida
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