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domingo, 8 de junho de 2014

Filme 'A culpa é das estrelas' gera debate sobre a realidade do câncer

Foto: Reprodução
Augustus e Hazel: uma paixão entre adolescentes que sofrem
 com cânceres agressivos
Mais de 95% dos pacientes com a doença que acomete a protagonista de A culpa é das estrelas são curados. Segundo especialistas, o filme e o best-seller têm um cenário muito sombrio sobre tumores na adolescência
 
Hazel Grace pode mesmo culpar os astros pelo seu destino dramático. A protagonista do filme A culpa é das estrelas, que estreou na última quinta-feira, sofre de um mal raro para a sua idade: um câncer de tireoide diagnosticado aos 13 anos.
 
A doença, que acomete apenas uma em cada 1 milhão de crianças por ano, costuma ter um final feliz na maioria dos casos de todas as faixas etárias, mas, em alguns pacientes, o drama é similar ao da literatura. Se não curado, o carcinoma pode se espalhar para outras partes do corpo e causar até mesmo a morte.
 
O drama da adolescente doente que se apaixona por outro garoto em condição similar surgiu pela primeira vez em 2012, no best-seller homônimo de John Green, que, por sua vez, teria se inspirado em um caso real para criar a personagem. Mas, mesmo verossímil, o quadro de saúde ilustrado no romance é pouco comum.
 
Tumores malignos de tireoide em crianças e adolescentes correspondem a menos de 3% de todos os cânceres na glândula e têm uma taxa de sobrevivência de 95%.
 
As chances são melhores nos casos do tipo mais comum do tumor, o carcinoma papilar. Ele representa 70% dos casos e costuma ser resolvido com a retirada da glândula e dos nódulos, além do tratamento com iodo radioativo e hormônios.

O problema está nos raros quadros em que a doença se espalha pelo organismo. “A maior parte dos casos papilíferos nos adultos é de baixo risco”, ensina Valéria Guimarães, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
 
“Mas, quando é uma criança ou um adolescente, isso não é só para o câncer de tireoide, qualquer outro fica mais grave porque se trata de uma célula jovem que não deveria estar velha, multiplicando-se anomalamente”, explica. Nesses casos, é comum que a doença surja nos gânglios linfáticos, migre para os pulmões, para o sistema vascular e, em quadros mais graves, para os ossos.
 
Correio Braziliense

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