Acaba de chegar ao Brasil uma nova classe de medicamentos para o tratamento da artrite reumatoide, doença progressiva e com alto potencial incapacitante que afeta cerca de 2 milhões de brasileiros
Xeljanz (citrato de tofacitinibe) tem um mecanismo totalmente inovador, pois age dentro das células, inibindo a janus quinase, uma proteína importante nos processos inflamatórios característicos da enfermidade. Além disso, é o primeiro tratamento oral, não biológico, do tipo DMARD (medicamentos modificadores do curso da doença reumática) para a enfermidade dos últimos 10 anos.
Desenvolvido pela Pfizer, Xeljanz é indicado para adultos com artrite reumatoide de moderada a grave, que tiveram intolerância ou não responderam adequadamente aos tratamentos com outros DMARDs, sintéticos ou biológicos. Hoje, estima-se que pelo menos 30% dos pacientes com artrite reumatoide estejam nessa condição. "Xeljanz apresenta o mesmo perfil de eficácia e segurança dos medicamentos biológicos, injetáveis, mas com a comodidade de ser oral – o que contribui para a adesão ao tratamento", afirma Eurico Correia, diretor médico da Pfizer Brasil.
Antes de ser aprovado, o medicamento passou por um robusto programa de pesquisa clínica, que envolveu 5.700 pacientes de 40 países. Tomado duas vezes ao dia, o produto demonstrou ser eficaz após falha de DMARDs sintéticos ou biológicos, como monoterapia ou em combinação com outros DMARDs não biológicos. O Brasil foi envolvido em vários desses estudos.
Pesquisa traça panorama da doença
A preferência dos pacientes pelo tratamento oral para artrite reumatoide é uma das constatações da pesquisa "Não ignore sua dor: pode ser artrite reumatoide", realizada pelo Instituto Ipsos, a pedido da Pfizer, com 200 pacientes de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife. O tratamento oral é preferido pela maioria (51%), enquanto 27% gostam dos injetáveis. Os entrevistados destacam, entre os benefícios da terapia oral, a possibilidade de ser tomada em qualquer lugar (66%), sem ajuda (37%), além de ser obtida mais facilmente (23%). Boa parte dos pacientes também não quer sentir a dor da injeção (37%).
O levantamento também destaca a falta de informação sobre a doença. Dos pesquisados, 76% nada sabiam sobre a enfermidade antes do diagnóstico. Os pacientes enfrentam, ainda, dificuldades para a identificação na doença: passam, em média, por 3 médicos até a obtenção do diagnóstico, percorrendo um longo caminho que dura, em média, 2 anos.
PR Newswire
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