Para controlar a perda de massa óssea, a aposentada Clarisse Motta teve de mudar os hábitos alimentares e, por recomendação médica, passou a tomar suplementos de cálcio e vitamina D. Ainda que apresente resultados satisfatórios para alguns pacientes, a suplementação de cálcio é um tema controverso entre especialistas.
Enquanto alguns estudos indicam os benefícios das pílulas, outros apontam que os efeitos colaterais podem ser piores que a enfermidade que combatem, incluindo o aumento do risco de ataque cardíaco e morte por doenças cardiovasculares.
Para a nutricionista Elaine Adorne, coordenadora de Nutrição do Hospital São Lucas da PUCRS, a falta de estudos que determinem as doses e os períodos exatos em que os suplementos devem ser administrados é um dos principais fatores que tornam o uso controverso.
— A suplementação deve ser realizada de forma individualizada, observando-se as características e necessidades de cada paciente, que precisa ser acompanhado rigorosamente por um profissional. Superdoses de vitamina D, por exemplo, podem levar a complicações, como a formação de cálculo renal — explica.
Já o reumatologista Odirlei Monticielo defende que a suplementação de vitamina D e de cálcio deve ser recomendada.
— Há embasamento científico extenso comprovando que cálcio e vitamina D são eficazes em pessoas com osteoporose. Indico sempre que o cálcio seja obtido por meio da dieta, mas, quando o paciente não consegue ingerir a quantidade adequada, oriento a suplementação — resume.
O que é consenso entre os especialistas é que a mais segura e, provavelmente, mais eficaz fonte de cálcio para manter os ossos fortes ainda é a alimentação.
Zero Hora
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