Credit: Human Connectome Project - Arquitetura das fibras da substância branca do cérebro |
Eles queriam estudar o alargamento do ventrículo cerebral. O
alargamento rápido do ventrículo é um marcador de declínio cognitivo e
do desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como a doença de
Alzheimer, mas os efeitos do sono sobre este marcador nunca tinham sido
medidos.
O estudo analisou os dados de 66 adultos mais velhos chineses. Os
participantes passaram por exames cerebrais de ressonância magnética
estrutural para medir o volume do seu cérebro e por avaliações
neuropsicológicas para testar sua função cognitiva a cada dois anos.
Além disso, a duração do sono de cada um foi registrada através de um
questionário.
Aqueles que dormiam menos horas mostraram evidências de rápido
aumento do ventrículo, e consequentemente declínio no desempenho
cognitivo.
“Nossos resultados relacionam sono curto como um marcador do
envelhecimento do cérebro”, disse a Dra. June Lo, principal autora da
pesquisa.
Dormir mal definitivamente não é um bom negócio. Outros estudos já mostraram que falta de sono na infância pode atrasar a puberdade, e que o sono é essencial para fixar nossa memória (e com isso consolidar aprendizados). Além disso, más noites de sono nos levam a comer mais e pioram nosso humor. Agora, sabemos também que dormir bem pode ajudar a manter o cérebro saudável.
“O trabalho realizado sugere que cerca de sete horas [de sono] por
dia para os adultos parece ser o ideal para um ótimo desempenho em
testes cognitivos. Nos próximos anos, esperamos determinar o que é bom
para saúde cardiometabólica a longo prazo também”, acrescentou o
professor Michael Chee, que também participou do estudo.
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