Químico e esposa eram responsáveis por produção na cozinha de casa. Casal montou linha de produção, sem levantar a suspeita dos vizinhos
A polícia de Brasília descobriu um laboratório clandestino que vendia para todo o Brasil suplementos alimentares feitos sem qualquer controle. Parece história de ficção.
Mas como o consumidor pode escapar dessa armadilha? Antes de mais nada, desconfie de promoções em sites na internet. Se quiser usar algum suplemento, ouça a opinião de um nutricionista, e compre em lojas especializadas.
Equipamentos industriais, de uso farmacêutico, para fabricar produtos clandestinos. A cozinha da casa virou um verdadeiro laboratório. Embalagens já prontas ficavam expostas na sala, em prateleiras. Improvisada mesmo, só a betoneira para misturar a matéria prima.
Os suplementos alimentares, usados por quem quer ganhar massa muscular, eram fabricados pelo químico Aldo de Paiva Rosa. A polícia vai pedir a prisão preventiva dele. Tainá do Vale, mulher de Aldo, dentista e tenente do Exército, foi presa em flagrante por ajudar na produção.
O laboratório clandestino funcionava em uma casa. O casal montou uma verdadeira linha de produção, sem levantar a suspeita dos vizinhos. Um esquema profissional, segundo a polícia.
O químico usava todo o conhecimento que tinha na área para desenvolver as fórmulas e fabricar os suplementos. “As pessoas imaginavam que estavam comprando uma boa proteína, muitas vezes até indicado por amigos profissionais, e estavam comprando um produto que não se sabe a origem, não se sabe o que eles misturavam”, afirma o delegado Jeferson Lisboa.
Foram apreendidos 300 quilos de suplementos prontos e meia tonelada de matéria prima. De acordo com a polícia, o lucro mínimo só com esses produtos seria de R$ 100 mil. Os suplementos eram vendidos em um site para todo o país, com valores bem abaixo do preço de um produto legalizado. Alguns estavam até esgotados.
De acordo com a Vigilância Sanitária, um complemento alimentar precisa de licença para ser produzido. Não é considerado medicamento e pode ser comprado livremente, apesar de eventuais riscos à saúde.
O químico e a mulher dele vão responder por falsificação de produtos terapêuticos ou medicinais e podem pegar de 10 a 15 anos de prisão.
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário