O secretário adjunto de Saúde do município de São Paulo, Paulo Puccini, anunciou ontem (26) que a prefeitura da capital paulista vai instalar três tendas, com capacidade, cada uma, de atender até 100 pacientes por dia no tratamento auxiliar da dengue
As tendas serão instaladas na zona norte da capital – área com maior incidência de transmissão da doença –, em locais próximos a unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) ou a prontos-socorros.
As tendas serão administradas pela prefeitura, em parceria com cinco hospitais filantrópicos da cidade – Sírio-Libanês, Hospital do Coração, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital Albert Einstein e Hospital Samaritano – que participarão com profissionais de assistência médica.
O atendimento nas tendas deve começar na semana que vem.
“As tendas funcionarão sempre anexas a algum equipamento de saúde: Ama ou pronto-socorro. Se houver suspeita de dengue, os exames serão feitos na tenda. Se houver um problema de desidratação, já começa a terapia. Independe se vou confirmar ou não o caso. É um procedimento clínico que será adotado, tendo dengue ou não”, destacou o secretário adjunto.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o uso de novas tendas será avaliado de acordo com as necessidades. Segundo a pasta, a utilização de instalações provisórias já estava prevista no plano de contingência do município, elaborado em 2014, e segue recomendação do Ministério da Saúde.
Dados apresentados hoje pela secretaria mostram que o município registrou, de 4 de janeiro a 14 de março, 4.436 casos confirmados autóctones (contraídos no município) de dengue, enquanto no mesmo período de 2014 foram 1.412 casos confirmados - quase três vezes mais neste ano. Cerca de 47,5% dos casos estão concentrados em bairros da zona norte da cidade.
Até agora foram confirmadas duas mortes em 2015, decorrentes da dengue: uma senhora de 84 anos, moradora de Brasilândia, zona norte; e um garoto de 11 anos, morador do Jardim Ângela, zona sul. Há dez casos de óbito sendo avaliados no momento.
Durante todo o ano de 2014, a capital registrou 28.990 casos autóctones (97,7% no primeiro semestre), com 14 óbitos ao longo do ano. Em 2015, a estimativa da Secretaria Municipal de Saúde, é que o número possa ser até três vezes maior.
Agência Brasil
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