por Saúde Business Web
15/03/2011
Paralisação deve acontecer em protesto contra a proposição do Pedro Henry de mudar o modelo de gestão da área e pela implantação do PCCS
Os servidores da rede estadual de saúde de Mato Grosso podem paralisar as atividades a partir de quinta-feira (17). São cerca de cinco mil que devem cruzar os braços, assim como os médicos, em protesto contra a proposição do secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry, de mudar o modelo de gestão da área, além da luta pela implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). As informações são do Só Notícias, jornal do interior do Mato Grosso.
Com a greve, ficariam prejudicadas as áreas administrativas e técnicas na Secretaria de Estado de Saúde, em Cuiabá, nos escritórios regionais e unidades médicas pelo Estado. Seriam mantidos apenas os serviços de urgência e emergência, por ser essencial à população.
De acordo com a assessoria do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e Meio Ambiente (Sisma), nesta terça-feira, os representantes da categoria tem reunião marcada com o secretário de Estado de Administração, Cesar Zílio, para discutir o PCCS. Nesta audiência deve ser debatido principalmente o impacto da folha salarial destes servidores com a implantação do Plano.
Na quinta-feira (17), acontecerá uma audiência pública na Assembleia Legislativa para debater a saúde no Estado. Neste dia, os servidores da área, assim como os médicos em greve devem participar e protestar contra o modelo de gestão a ser implantado. A partir desta audiência é que deve ser definida se os trabalhadores da pasta irão ou não seguir os mesmos passos dos médicos.
Os médicos da rede estadual de Saúde entraram em greve no dia 10. Eles acreditam que a transferência da administração dos hospitais de responsabilidade do Estado para as Organizações Sociais (OS) é uma forma de privatizar o setor. A decisão atinge cerca de 500 profissionais em todo o Estado.
Pela proposta do secretário, as Organizações de Saúde, que são entidades filantrópicas credenciadas pelo Ministério da Saúde, administrariam as unidades hospitalares com custos em média de 30% menores. Henry disse que o modelo implementado em unidades de saúde de todo o Brasil tem resultados mais do que satisfatório e lembrou que o setor que conduz é dinâmico e exige mudanças constantemente para atender as reais necessidades da população de uma maneira em geral.
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