Os brasileiros com mais de 65 anos representam 7,4% do total da população do país, e a tendência é de que esse percentual cresça consideravelmente.
O IBGE estima que eles representarão 26,7% dos brasileiros em 2060. O avanço eleva as preocupações com a saúde dessa faixa populacional, em especial em torno de dois inimigos recorrentes na terceira idade: a hipertensão e as quedas. Um estudo publicado pelo periódico Jama Internal Medicine relaciona os problemas.
Pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, sugerem que a ingestão de medicamentos para controlar a pressão alta pode fazer com que idosos caiam com mais facilidade.
Os cientistas investigaram os registros de 4.961 pessoas com mais de 70 anos para identificar qual a relação dos medicamentos com as quedas.
Dos voluntários, 14% não tomavam remédios para a hipertensão, 55% ingeriam em doses moderadas e 31% eram medicados com quantidades maiores. Ao longo de três anos, percebeu-se que os idosos sob medicação eram de 30% a 40% mais propensos a cair.
Durante o período, 446 deles (9%) apresentaram lesões graves decorrentes de quedas e 111 (24,9%) morreram em decorrência de complicações causadas após acidentes do tipo. Uma das explicações cogitadas pelo grupo é que falhas na medicação podem provocar o problema.
“Os pacientes mais velhos e os médicos precisam pesar os danos, bem como os benefícios desses medicamentos, especialmente quando os prejuízos podem ser tão graves quanto as doenças e os eventos cardiovasculares que esperamos evitar com os remédios”, alerta Mary Tinetti, principal autora do estudo.
“Os pacientes mais velhos e os médicos precisam pesar os danos, bem como os benefícios desses medicamentos, especialmente quando os prejuízos podem ser tão graves quanto as doenças e os eventos cardiovasculares que esperamos evitar com os remédios”, alerta Mary Tinetti, principal autora do estudo.
“Os idosos podem ficar na posição difícil de escolher se continuam com a medicação para controlar a pressão arterial e enfrentam os efeitos colaterais que podem levar às quedas ou se suspendem os medicamentos e encaram um maior risco de ataques cardíacos e de acidentes vasculares cerebrais”, detalha.
Correio Braziliense
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