Os índices de infecção nos hospitais brasileiros são preocupantes e esse quadro se agrava quando os pacientes estão internados nas unidades de terapia intensiva
Os dados nacionais indicam que cerca de 60% dos pacientes em ambiente de cuidados intensivos têm infecção, 70% deles recebem tratamento com antibióticos e 40% acabam morrendo.
O médico intensivista Thiago Lisboa explica que a mortalidade associada à infecção no ambiente de cuidados intensivos é bastante variável, mudando de acordo com o tipo de UTI (geral, cirúrgica, de trauma, por exemplo), tipo de hospital (terciário, universitário e de baixa ou alta complexidade) e diferentes regiões do Brasil. “Porém, o que se deve verificar nos diferentes cenários é um risco maior em pacientes que desenvolvem infecções adquiridas nos hospitais ou UTIs, em comparação aos pacientes sem essa complicação. O impacto desse aumento pode ser na ordem de duas ou três vezes mais”, completou em comunicado.
No ambiente de cuidados intensivos, apesar de poder haver variação entre os diferentes centros, a preocupação maior está nas bactérias Gram-Negativas que correspondem, nos estudos, pelo menos a 50% dos episódios de infecções adquiridas nas UTIs, principalmente aquelas que expressam mecanismos de resistência aos antibióticos disponíveis.
Diante deste cenário, a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) lança campanha nacional para a “Prevenção da Infecção na UTI” que vai até novembro deste ano. Foram elencados sete pontos importantes que devem ser observados no combate: Higienização das Mãos; o Uso Racional de Antimicrobianos; o Uso Adequado das Precauções de Contato; o Rastreio e Medidas de Isolamento dos Casos; a Vigilância Epidemiológica; a Limpeza Adequada do Ambiente; e a Educação Continuada dos Profissionais de Saúde.
Prevenção da infecção na UTI:
AMIB
Saúde Web
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