O dia 28 de maio foi o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher. Esta data integra a agenda nacional do Dia de Redução da Mortalidade Materna e foi criada para dar visibilidade ao 5º Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM), da Organização das Nações Unidas (ONU), que trata da melhoria da saúde materna. O prazo para o alcance da meta de redução da morte materna em 75% encerra-se neste ano, mas vários países, inclusive o Brasil, estão longe de atingi-la
Apesar do muito que já se avançou no Brasil em relação à atenção ao parto, há ainda um longo caminho a ser percorrido. Nesse sentido, o Proqualis, vinculado ao Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), lança em seu portal a página Parto e Nascimento, com o objetivo de contribuir com a disseminação de conteúdos relevantes para a melhoria da qualidade do cuidado e para a promoção de práticas seguras nesta área.
No novo espaço, o profissional de saúde vai encontrar uma oferta de conteúdos que podem contribuir em diversos níveis de atenção à gestante. Todo material foi selecionado criteriosamente para proporcionar oportunidade de atualização na atenção obstétrica e perinatal. Um amplo conjunto de materiais está disponível, desde artigos recentemente publicados até protocolos, normas, vídeos, aulas, iniciativas e experiências nacionais e internacionais exitosas. “Esperamos que o conteúdo da página venha inspirar profissionais e gestores para o desenvolvimento de iniciativas efetivas voltadas para a melhoria da saúde materna”, diz a pesquisadora Lenice da Costa Reis, que colaborou para a construção da página.
Lenice chama a atenção para a diversidade dos produtos disponibilizados nessa primeira versão. “Os artigos selecionados e distribuídos nas sessões que compõem a Página visam trazer um panorama abrangente sobre o que tem sido objeto de estudo e os avanços na melhoria da qualidade do cuidado obstétrico”, afirma.
Temas relevantes em torno das principais causas de morte materna e near miss materno (situações em que mulheres apresentam complicações potencialmente letais durante a gravidez, parto ou puerpério e só sobrevivem em razão do acaso ou do cuidado de saúde prestado), como hipertensão arterial/eclâmpsia, infecção puerperal, hemorragia obstétrica e complicações do aborto inseguro, estarão sempre em foco nessa Página. Medidas de prevenção dessas situações também são objeto de interesse, pois, segundo a pesquisadora, existem muitas intervenções altamente efetivas e simples que podem e devem ser adotadas para melhorar a qualidade da atenção à saúde da mulher.
“No Brasil, quase todos os partos são realizados em serviços de saúde. É imprescindível que estes tenham uma estrutura adequada, equipes treinadas e que utilizem protocolos atualizados e embasados nas melhores evidências cientificas disponíveis. Oferecer atenção adequada no momento oportuno é a chave do sucesso”, finaliza Lenice.
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