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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Cientistas transformam gordura ‘má’ em ‘boa’, aquela que ajuda a queimar calorias

Estudo publicado na 'Cell Reports' mostra que estrutura molecular da gordura branca pode ser transformada para que ela fique bege. Transformação contribuiu para a perda de peso consistente em camundongos

Acima, à esquerda, células brancas de gordura de camundongos utilizados na pesquisa.  Na outra imagem, à direita, células sem a proteína PexRAP transformaram o aspecto da gordura, que ficaram mais fáceis de 'queimar' (Foto: Irfan J. Lodhi/Washington University School of Medicine/Cell Reports)
Acima, à esquerda, células brancas de gordura de camundongos utilizados na pesquisa. Na outra imagem, à direita, células sem a proteína PexRAP transformaram o aspecto da gordura, que ficaram mais fáceis de 'queimar'
(Foto: Irfan J. Lodhi/Washington University School of Medicine/Cell Reports)







O nosso organismo acumula uma gordura boa e outra ruim. A boa gordura (marrom) ajuda a queimar calorias e está associada à habilidade do corpo de produzir calor; já a “ruim” (branca), contribui para o acúmulo de calorias -- o que leva ao ganho de peso, à obesidade e a problemas associados, como o aumento da prevalência de condições como diabetes e hipertensão.

Desde a distinção entre essas duas gorduras, a ciência tenta identificar uma maneira de aumentar a produção de gordura boa. Uma possível contribuição nessas empreitadas é a da Washington University School of Medicine, nos Estados Unidos, que "encontrou" uma maneira de converter a gordura ruim em marrom em camundongos. O método foi publicado nesta terça-feira (19) na “Cell Reports”.

Pesquisadores demonstraram que o bloqueio da atividade de uma proteína específica na gordura branca a transformou em gordura bege, um tipo de gordura entre a branca e a marrom. Nos camundongos em que a proteína 'PexRAP' foi bloqueada, não houve mais sua produção nas células de gordura. Essas cobaias também se tornaram mais magras que as demais, mesmo quando comiam a mesma quantidade de alimento que outros ratos. Ainda, cobaias que tiveram sua gordura modificada queimaram mais calorias.

O processo também fez com que as células de gordura aquecessem e, com isso, queimassem calorias. Segundo os pesquisadores, mesmo que a gordura branca não tivesse se transformado inteiramente em marrom, a bege também contribui para que o corpo queime mais calorias. "Ao visar a gordura branca, podemos converter gorduras ruins em um tipo de gordura que combata o ganho de peso", detalha

Lodhi. Lodhi e equipe esperam que algum tipo de terapia possa ser desenvolvida com base no que foi feito em laboratório: a ideia é que um medicamento seja capaz de bloquear uma proteína da gordura branca em seres humanos com segurança.

Frio influencia produção de gordura boa
Em uma outra etapa da pesquisa, camundongos foram colocados em um ambiente frio e os níveis de proteína bloqueada também diminuíram dentro da gordura branca -- o que permitiu que a gordura tivesse um aspecto que a deixasse mais próxima da gordura marrom.

A gordura branca é encontrada na barriga, quadris e coxas. Já a marrom, está localizada perto do pescoço e dos ombros.

Essas diferenciações entre os diferentes tipos de gordura são relativamente recentes na ciência: a gordura marrom foi descrita primeiramente em artigo do "New England Journal of Medicine" em 2009; já a bege, foi apresentada em 2015.

G1

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