por Nielmar de Oliveiral Agência Brasil 28/12/2010 Segundo ministro, o País gasta atualmente cerca de 7% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 300 bilhões por ano O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse nesta segunda-feira (27), em entrevista à Agência Brasil, que o governo federal ainda gasta pouco com o setor de saúde, que, em sua avaliação, é financiado em grande parte pelas famílias e pelo setor privado. Segundo Temporão, o País gasta atualmente cerca de 7% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil com a saúde da população - o equivalente a R$ 300 bilhões por ano. "O problema é que apenas 40% desses gastos em saúde são públicos. Os outros 60% são recursos da iniciativa privada. Ou seja, quem financia a saúde pública no Brasil são as famílias e as empresas, pois o governo gasta pouco. É essa equação que tem que mudar. Agora de onde vão sair os recursos novos para melhorar o financiamento do sistema público é um problema que cabe ao Congresso Nacional, ao novo governo e à sociedade resolver". Ao falar do fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), derrubada pelo Congresso Nacional, o ministro - que será substituído por Alexandre Padilha na pasta da saúde do novo governo - Temporão afirmou que o fim da CPMF retirou, em quatro anos, R$ 24 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento para o setor (o PAC da Saúde). O ministro, no entanto, não quis se manifestar sobre a possibilidade da volta da contribuição, como chegou a ser cogitada. "A essa altura do campeonato eu já não sou nem a favor, nem contra - muito pelo contrário. Há, porém, um consenso generalizado entre os especialistas de que o sistema público de saúde precisa de mais recursos. Agora como vai ser feita essa equação de garantia de recursos adicionais, é uma outra questão". http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=74566
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