
- Há alguns anos, se pensava que, assim como a toxina botulínica melhorava os espasmos e as contrações na neurologia (por seu efeito de relaxar os músculos), também podia funcionar nas dores do pescoço devido a dores de cabeça causadas por tensão, que são mais frequentes e se associam às más posturas - explica Samuel Díaz, coordenador do grupo de estudo de cefaleias da Sociedade Espanhola de Neurologia. No entanto, ele garante que a prática clínica não registra resultados de melhora.
Dado que existe certa controvérsia, "era importante desenvolver uma revisão com os dados dos últimos ensaios clínicos", argumentam os autores do artigo. Para o trabalho, eles analisaram nove pesquisas científicas com um total de 503 participantes com dores no pescoço.
Foram comparados os efeitos nos pacientes que receberam as injeções de Botox com os que receberam injeções de placebo, exercícios cervicais e analgésicos. As conclusões parecem claras.
"Não observamos diferenças entre o tratamento com Botox e o placebo, nem após quatro semanas, nem após seis meses", afirmam os especialistas. Além disso, eles também não registraram "melhores resultados que com os exercícios e analgésicos".
Fonte O Globo
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