Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



domingo, 21 de agosto de 2011

Viitiligo uma doença que intriga médicos e causa até isolamento social


Joshua Gates Eisberg / APCantor pop Michael Jackson era supostamente portador de vitiligo grave e fez tratamento para despigmentar a pele
Embora ela seja bem frequente no consultório dos dermatologistas, pouco se sabe sobre a origem desta doença. Caracterizada pela despigmentação da pele e o surgimento de manchas brancas em várias partes do corpo — sobretudo próximo aos olhos, mãos e genitália —, o vitiligo é uma patologia não contagiosa com forte ligação com o estresse e a ansiedade. Suspeita-se ainda do fator autoimune como um dos gatilhos que acionam o seu desenvolvimento.

Sem causas ou explicação conhecidas, a doença não tem cura, mas sim tratamentos que recompõem a pigmentação da pele. Os médicos garantem que além do problema meramente estético, não há nada a temer de mais grave. Com os tratamentos disponíveis, é possível levar uma vida normal, apesar do efeito emocional. Pacientes reclamam, ainda, que a maior barreira a enfrentar na sociedade em relação ao vitiligo é o preconceito.

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia no Distrito Federal (SBD-DF), Gilvan Alves, a origem do vitiligo está relacionada a uma inflamação nos mielócitos, que são as estruturas responsáveis pela produção de melanina.

— Embora a doença provoque desconforto, ela não causa problemas de saúde nem vai evoluir para um câncer ou algo parecido — diz Alves.

Na grande maioria dos casos, as primeiras manchas surgem na infância ou no início da vida adulta.

— É um problema que acomete entre 1% e 2% da população. Destes, cerca de 25% manifestam a doença antes dos 10 anos. Em outros 50% dos casos, as manchas surgem antes dos 20 anos — explica Kerstin Taniguchi Abagge, pediatra do Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Quando os casos surgem na infância, o ideal é que os pais levem os filhos a um pediatra, que poderá verificar se é mesmo vitiligo, uma mancha de nascença, micose, ou mesmo uma despigmentação por causa de outro tipo de inflamação. A doença ainda não tem cura, mas os tratamentos podem ajudar a repigmentar as áreas atingidas.

— Dizemos que o vitiligo tem uma evolução imprevisível. Da mesma forma que pode surgir sozinho,ele também pode desaparecer. Não é possível também prever a evolução, se surgirão mais manchas, ou se elas permanecerão restritas àquela área do corpo — afirma o dermatologista Gilvan Alves.

Para os casos em que a doença persiste, o tratamento é focado na repigmentação da pele. Quando se opta por utilizar corticoides, que previnem as inflamações nos melanócitos, ele pode ser através de medicamentos para ingestão ou tópicos. As formas mais modernas de tratamento incluem o uso de feixes de laser. No chamado excimer laser, feixes de luz direcionados para a área afetada impedem novas infecções nos melanócitos e os estimulam a produzir mais melanina, voltando a pele para sua coloração normal. O paciente com vitiligo tem a pele mais sensível do que o normal, por isso o laser é de um comprimento de onda diferente da irradiada pelo sol, menos agressivo e melhor tolerado.

Efeito Michael Jackson
Nos casos mais avançados de vitiligo, uma das opções é fazer a despigmentação da pele. Um processo semelhante ao que supostamente aconteceu com o cantor pop Michael Jackson. Com o uso da droga monobenzileter de hidroquinona, descolorem-se as regiões da pele onde a doença não atacou, mantendo uma tonalidade uniforme no corpo. Esse tipo de tratamento só deve ser feito nos casos mais extremos,pois seus efeitos são irreversíveis.

Caso a região atingida pelo vitiligo volte a produzir melanina, a parte descolorida permanece clara. Maquiagens com maior poder de aderência também ajudam a melhorar a aparência da pele.
Fonte Zero Hora

Nenhum comentário:

Postar um comentário