De acordo com um estudo divulgado na quinta-feira (3), o remédio Champix, usado para parar de fumar, traz riscos demais à saúde e só deve ser usado caso todos os outros tratamentos falhem.
Segundo a pesquisa, a droga causou oito vezes mais casos de comportamento suicida do que outros métodos para largar o cigarro, como adesivos de nicotina.
A conclusão desse estudo, publicado na revista médica "PLoS One", contradiz uma análise divulgada no último mês pela FDA (agência reguladora de remédios e alimentos nos EUA).
Segundo a agência, o Champix não aumenta o risco de hospitalização por problemas psiquiátricos como a depressão.
A FDA admitiu que seus estudos têm limitações, porque são pequenos e só captam casos graves o suficiente para chegar aos hospitais. O novo estudo mede os relatos de efeitos colaterais do remédio na FDA desde 1998 até 2010. Foram mais de 3.000 casos de automutilação ou depressão ligados ao Champix, da Pfizer, ao Zyban, da GSK e produtos que repõem a nicotina.
Segundo o estudo, 90% dos casos de comportamento suicida ligados às drogas eram de usuários de Champix, ainda que a droga só tenha estado no mercado nos últimos quatro anos dos quase 13 anos analisados.
A Pfizer, que produz o remédio, afirmou em comunicado que outros estudos com metodologia mais completa não encontraram essa ligação com o suicídio.
Fonte Folhaonline
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