Um terço da população brasileira tem hipertensão arterial. Segundo o Ministério da Saúde, o índice chegou a 24,3%, em 2012, um aumento de 1,8% desde a última pesquisa realizada em 2006. Os dados fazem parte da pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) sobre a hipertensão arterial no país.
A doença é mais comum entre as mulheres (26,9%) dos casos do que entre homens, que somam 21,3%. A diretora do departamento de Análise de Situação de Risco de Saúde, Deborah Malta, disse que "apesar desse leve aumento, o número tem se mantido estável".
— A diferença entre homens e mulheres, na realidade, não se reflete da mesma forma. As mulheres são diagnosticadas mais frequentemente porque procuram mais atendimento, cuidam melhor da saúde.
Entre os brasileiros com mais de 65 anos de idade quase 60% se declararam hipertensos. Segundo a Vigitel 2013, a capital com maior índice de hipertensão é o Rio de Janeiro (29,7%), seguido de Recife (26,9%) e Aracaju (26,6%).
Ainda de acordo com a pesquisa, quanto maior o nível de escolaridade, menor a taxa de hipertensão. Entre aqueles com até oito anos de educação 37,8% têm hipertensão, já na faixa de pessoas com mais de 12 anos de ensino o porcentual fica em 14,2%.
O número de internações causadas por complicações ligadas à hipertensão caiu 25% nos últimos dois anos. Segundo o Ministério da Saúde, esse é o menor patamar dos últimos 10 anos.
Em 2010, o SUS (Sistema Único de Saúde) registrou quase 155 mil internações decorrentes de complicações da hipertensão, como problemas cardíacos, em 2012 o número ficou em 115 mil. Segundo a pasta, a taxa passou de 95,4 internações por 100 mil habitantes para 59,67 no ano passado.
O número de mortes na faixa etária entre 30 e 70 anos caiu 2,6%, passando de 263,73 por 100 mil habitantes para 188,87. O ministro da saúde, Alexandre Padilha credita as reduções ao acesso ao tratamento.
— Enfrentar as doenças crônicas remete a um conjunto de estratégias ousadas que contemplam o melhor tratamento. Desde 2011m os pacientes podem obter gratuitamente seis remédios para o controle da doença.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, firma nesta terça-feira (5) com a Abia (Associação Brasileira de Indústrias de Alimentação) o quarto pacto para a redução de sódio nos alimentos industrializados. Essa é uma forma de o governo diminuir o alto índice de consumo de sal no País, um dos fatores de risco para doenças crônicas como hipertensão e doenças cardíacas. A previsão é que novos alimentos sejam acrescentados aos três acordos firmados anteriormente.
Em 2011, o Ministério da Saúde assinou o primeiro acordo com a Abia para reduzir o teor de sódio em 16 categorias de alimentos processados, como massas instantâneas, pães e bisnagas, nos próximos quatro anos. Em 2012, o termo de compromisso incluiu a redução de sódio em temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais.
R7
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