Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



domingo, 19 de janeiro de 2014

Especialistas desenvolvem nova terapia contra pedras nos rins

Foto: Reprodução
Cientistas dos EUA desenvolvem ultrassom capaz de conduzir os cristais pelo corpo até o ponto de eliminação natural. O procedimento também pode ser usado para cessar a crise de dor e retardar a cirurgia
 
“Um homem foi ferrado por uma arraia numa pescaria aqui perto, disseram que ele chorou uma tarde e uma noite pedindo aos companheiros que o matassem porque a dor era insuportável. Comentei o caso com Felipe, ele não ficou impressionado como eu esperava; disse apenas que isso ou era fita ou exagero ou lenda porque não existe dor insuportável”, conta o menino Lucas, no romance Sombras de reis barbudos, do autor goiano José J. Veiga.
 
O personagem Felipe pode estar certo quanto ao homem ferrado. Porém, pelo menos de acordo com a medicina e as pessoas que já passaram por uma cólica renal, existe, sim, dor insuportável. No minuto em que é diagnosticado, o sofrimento causado por pedra nos rins — como os cálculos renais são popularmente conhecidos — deve ser interrompido tamanha a agonia.

Mesmo com poderosos analgésicos, o alívio total somente acontecerá quando a pedra for eliminada. Normalmente, os cálculos menores causam as angústias mais intensas, por serem leves e se movimentarem com maior facilidade. Em geral, são eliminados espontaneamente pelo canal ureter, que liga o rim à bexiga, o que pode demorar. Dispositivo desenvolvido pela equipe de pesquisadores da Universidade de Washington (EUA) pode ser capaz de acelerar o processo.
 
Um ultrassom modificado em laboratório consegue mover os cálculos no interior do corpo, guiando a eliminação por meios naturais. “Nós desenvolvemos um ultrassom de baixa potência que pode mover pequenas pedras para reduzir a dor, os custos e o tempo de tratamento”, resume Michael Bailey, um dos engenheiros do projeto e integrante do Laboratório de Física Aplicada da universidade.

Os pesquisadores conduzem o primeiro estudo clínico com o aparelho em 15 voluntários. O trabalho tem alguns fatos curiosos. Parte do financiamento, por exemplo, vem do Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica Espacial norte-americano, interessado no projeto porque os astronautas têm um risco aumentado de pedras nos rins durante as viagens espaciais. A condição é extremamente comum também na superfície terrestre.
 
Calcula-se que uma a cada 10 pessoas passará por uma crise na vida.
 
Correio Braziliense

Nenhum comentário:

Postar um comentário