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domingo, 19 de janeiro de 2014

Criado promissor novo tratamento para herpes genital

Um estudo da Universidade de Washington (EUA) testou uma droga experimental que poderia, eventualmente, oferecer uma nova opção de tratamento para a herpes genital, doença sexualmente transmissível comum e incurável.
 
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde de 2008, mais de 500 milhões de pessoas no mundo estão infectadas com o vírus HSV, da herpes genital. A cada ano, cerca de 20 milhões de pessoas adquirem a doença.
 
Em uma pequena pesquisa, cientistas descobriram que a droga pritelivir poderia diminuir o poder de transmissão de pessoas com herpes genital, ao reduzir a quantidade de tempo que o vírus fica ativo e potencialmente transmissível aos parceiros sexuais dos pacientes.
 
A herpes genital é causada pelo vírus herpes simplex – usualmente, a estirpe conhecida como HSV-2. A infecção pode causar úlceras dolorosas em torno dos genitais, reto ou boca. Mas, mais frequentemente, não causa nenhum sintoma ou somente sintomas leves, o que significa que a maioria das pessoas com HSV não sabe que está infectada.
 
HSV pode ser perigoso, no entanto. Se é passada da mãe para o recém-nascido, a infecção pode ser fatal. Em casos raros, o vírus invade o cérebro e desencadeia inflamação potencialmente mortal.
 
Atualmente, não há cura para a condição. Uma vez que uma pessoa é infectada, o HSV se esconde nas células nervosas e se reativa periodicamente, às vezes causando sintomas, às vezes não.
 
Três medicamentos podem tratar os sintomas do vírus, e, se tomados diariamente, podem suprimir novos surtos de sintomas: aciclovir (nome da marca Zovirax), famciclovir (Famvir) e valaciclovir (Valtrex).
 
Mesmo com esse tratamento diário, entretanto, ainda há derramamento viral, e as drogas cortam a transmissão de HSV apenas em cerca de metade dos casos. “Claramente, nós gostaríamos de fazer melhor do que isso”, disse Anna Wald, principal pesquisadora do estudo.
 
As descobertas sobre o pritelivir são baseadas em 156 pacientes acompanhados por apenas quatro semanas. Especialistas advertem que o estudo é preliminar e oferece apenas uma “prova de conceito”.

Ainda assim, os resultados são importantes porque a droga é a primeira de uma nova classe que funciona de forma diferente que os medicamentos existentes para a herpes genital. A esperança é que o pritelivir será melhor na prevenção da transmissão do vírus. “Houve uma diminuição bastante dramática na probabilidade de derramamento viral neste estudo”, disse o Dr. Richard Whitley, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Alabama em Birmingham (EUA).
 
Os adultos com HSV-2 foram aleatoriamente designados para um de cinco grupos. Um grupo recebeu pílulas de placebo, enquanto que os outros quatro tomaram diferentes doses de pritelivir. Depois de 28 dias, os pacientes que ingeriram a maior dose do medicamento (75 mg por dia) apresentaram os maiores efeitos. Eles tiveram derramamento viral em apenas 2% daqueles dias, contra quase 17% no grupo do placebo. Outro grupo, que recebeu uma vez por semana uma dose de 400 mg, também mostrou uma queda significativa na eliminação viral.
 
Não foram observados efeitos colaterais significativos da medicação, porém, o estudo foi pequeno e de curto prazo, de modo que a questão da segurança precisa de mais investigação. Em maio passado, pesquisas com a droga foram suspendidas depois que macacos mostraram algumas anormalidades inesperadas no sangue e na pele. Ward disse que não está claro por que, e que esses efeitos não foram vistos em humanos.
 
Por fim, vale lembrar que a maior esperança é desenvolver medicamentos que eliminem o HSV dormente das células nervosas, mas ainda não temos nada parecido com isso – nem mesmo o pritelivir representa esperança nessa área, apesar de melhorar o tratamento e a taxa de transmissão do vírus.
 
Hypescience

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