Neste mês, a radiação solar chegou a níveis extremos na maior parte do Brasil. Isso acontece porque a falta de nuvens somada à temperatura elevada faz com que os raios solares sejam maiores – por isso, é fundamental se proteger, usando protetor solar e também roupas, que são as únicas que conseguem proteger o corpo 100% dos raios, como explicou a dermatologista Márcia Purceli no Bem Estar.
Entre as principais diferenças entre os raios UVA e UVB, está a cor que ele deixa na pele. De acordo com a dermatologista Márcia Purceli, quando ocorre aquela vermelhidão após o sol, é um sinal de que a pessoa foi atingida pelos raios UVB, que atingem apenas a camada superficial da pele. Em Santos, no litoral de São Paulo, por exemplo, a maioria costuma ficar vermelha depois do sol.
Essa vermelhidão é mais comum naquelas pessoas que têm a pele clara, olhos azuis, sardas ou também em crianças com menos de 1 ano, que apenas se queimam e não se bronzeiam.
Quanto mais morena for a pessoa, menos ela vai se queimar e mais vai se bronzear - por outro lado, os mais branquinhos absorvem mais vitamina D do que os negros, por exemplo, que estão no grupo de risco de deficiência dessa substância, como alertou a endocrinologista Elaine Maria Costa.
Por outro lado, quando a pele fica morena, significa que o raio UVA foi o responsável. Segundo a dermatologista Márcia Purceli, isso acontece porque o raio UVA atinge a derme, camada mais profunda da pele, dando a aparência de um bronzeado. Esse raio, ao contrário do UVB, tem a capacidade de ultrapassar as nuvens, ou seja, mesmo em dias nublados, eles podem atingir a pele.
Além disso, eles não só podem causar câncer, como também são responsáveis pelo envelhecimento precoce e manchas na pele.
Por isso, é importante se proteger e usar o protetor solar - porém, a exposição ao sol pode ser também fundamental para a saúde já que estimula a produção de vitamina D, como lembrou a endocrinologista Elaine Maria Frade Costa.
Segundo a médica, os raios UVA e UVB são responsáveis pelo estímulo de 90% da produção dessa substância, que é necessária para o corpo e para os ossos. Além disso, a vitamina D produzida pela pele é duas vezes mais estável na circulação sanguínea do que a vitamina D ingerida.
Porém, o tempo de exposição e o local do que corpo que vai pegar sol variam muito, de acordo com o tipo de pele e a região do país onde a pessoa mora - alguém que mora no Nordeste, por exemplo, não ficará no sol o mesmo tempo que alguém que mora no Sul.
As médicas concordam, no entanto, que é preciso ter bom senso - uma pessoa muito branca, que já teve câncer de pele ou manchas de sol, deve se expor menos e usar protetor solar. Isso porque os mais brancos absorvem mais a radiação, ao contrário dos negros e idosos.
Vale ressaltar que, apesar do benefício da vitamina D, não é indicado se queimar no sol e exagerar por causa disso. No site da Sociedade Brasileira de Dermatologia, há mais informações sobre o consenso de fotoproteção - confira, clicando aqui.
G1
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