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sábado, 18 de janeiro de 2014

Comida é mais abundante e saudável na Holanda, aponta relatório de ONG

Considerada a capital mundial das bicicletas, Amsterdã, na Holanda, sofre agora com a falta de espaço para guardar as bikes de seus moradores (Foto: Pavel Prokopchik/The New York Times)
Foto: Pavel Prokopchik/The New York Times
Além de ser conhecida abrigar a capital mundial das bicicletas,
que é Amsterdã (foto), a Holanda foi eleita como a nação que
tem comida mais abundante e saudável
Dados foram levantados pela organização Oxfam, do Reino Unido. Brasil está na 25ª posição do ranking; pior posição é do Chade
 
A Holanda superou França e Suíça e foi considerado o país com a comida mais nutritiva, abundante e saudável do mundo. Brasil, Estados Unidos e Japão não ficaram nem entre os 20 melhores, de acordo com ranking divulgado na terça-feira (14) pela organização humanitária britânica Oxfam.
 
O Chade é o último entre os 125 países da lista, imediatamente atrás de Etiópia e Angola. O Brasil aparece em 25º lugar, melhor resultado da América Latina.
 
"A Holanda criou um bom mercado que permite às pessoas obter alimento suficiente. Os preços são relativamente baixos e estáveis, e o tipo de comida que as pessoas estão consumindo é balanceada", disse em entrevista Deborah Hardoon, pesquisadora-sênior da Oxfam
 
A ONG avaliou a disponibilidade, qualidade e preço dos alimentos, além da saúde alimentar.
Examinou também o percentual de crianças abaixo do peso, a diversidade alimentar e o acesso à água limpa, além de aspectos negativos, como obesidade e diabetes.
 
Os países europeus dominam a lista, mas a Austrália conseguiu um lugar entre os melhores, empatando com Irlanda, Itália, Portugal e Luxemburgo no oitavo lugar. Já a parte de baixo da lista é dominada por países africanos, embora alguns asiáticos apareçam entre os 30 piores - Laos (112º. lugar), Bangladesh (102º.), Paquistão e Índia (empatados em 97º.).
 
Obesidade nos EUA impactou
Embora os EUA tenham a comida mais barata, e de boa qualidade, seus altos níveis de obesidade e diabetes derrubam o país para o 21º lugar no ranking, empatado com o Japão, que teve um mau resultado por causa do preço alto dos alimentos em comparação a outros produtos.
 
O Chade foi para a lanterna porque lá a comida é caríssima em comparação a outras coisas, e há muitas crianças abaixo do peso ideal -- 34 por cento. Só Guiné e Gâmbia, também na parte de baixo do ranking, têm alimentos proporcionalmente mais caros.
 
Burundi, Iêmen, Madagáscar (todos abaixo da centésima posição) e Índia são os países com maior prevalência de desnutrição e crianças abaixo do peso, segundo a Oxfam.
 
De acordo com a ONG, 840 milhões de pessoas passam fome a cada dia, apesar de o mundo produzir alimentos suficientes para todos. Por isso, a organização propõe mudanças na forma como a comida é produzida e distribuída em nível mundial.

G1

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