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É natural e até saudável ter medo. Quando o temor, porém, ultrapassa a barreira da normalidade e passa a ser irracional - por situações ou objetos que não oferecem perigo - o nome muda e começa a ser chamado de fobia. Os sintomas, físicos e emocionais, incluem palpitações, tonturas, sudorese, agonia e aflição.
Como surge, não se sabe exatamente. “As fobias podem ter um componente genético, mas a forma em que ela surge tem a ver com a exposição inicial com o objeto ou situação que é encarada como aversiva”, explica o psiquiatra Gabriel Lopes. “Um exemplo é alguém que estava dentro de um elevador quando faltou luz. A partir dali, a pessoa pode começar a desenvolver medo de elevadores”.
O problema da fobia é que, quando não tratada, ela pode se generalizar. “A pessoa pode começar a evitar de entrar em um prédio só porque ele tem elevadores”, completa Lopes.
Veja 10 fobias comuns:
1. Medo de altura
2. Medo de ambientes fechados
3. Medo de sangue ou de ferimentos
4. Medo de falar em público ou do julgamento alheio
5. Medo de elevadores
6. Medo de estar no meio de uma multidão
7. Medo de insetos
8. Medo do escuro
9. Medo de pegar doenças
10. Medo de andar de avião
Veja 10 fobias comuns:
1. Medo de altura
2. Medo de ambientes fechados
3. Medo de sangue ou de ferimentos
4. Medo de falar em público ou do julgamento alheio
5. Medo de elevadores
6. Medo de estar no meio de uma multidão
7. Medo de insetos
8. Medo do escuro
9. Medo de pegar doenças
10. Medo de andar de avião
A psicóloga Ana Cristina Fraia, da Clínica Maia Prime, explica que embora muita gente pense que esse medo é frescura, ele não é. “Chega a ser incapacitante. Dependendo do tipo de fobia, a pessoa começa a ter medo de sair na rua, de qualquer lugar alto, não consegue mais falar em público. ”
E então, o que fazer para se liberar deste pânico que tornando a pessoa escrava de evitar situações que não oferece perigo real algum?
A boa notícia é que as fobias têm cura. E, ao contrário do que muita gente pensa, o tratamento não é complexo, sendo na maioria dos casos uma terapia rápida, que não proporciona desconforto ao paciente.
Terapia cognitivo comportamental
A terapia cognitivo comportamental é, de longe, o mais indicado para o tratamento de fobias. “É feito um remanejamento de pensamentos. A pessoa vai sendo exposta aos objetos que geram medo, mas de uma forma mais controlada”, explica Ana Cristina.
A chamada terapia de exposição com prevenção de resposta obedece uma escala de zero a 10, sendo que o zero é um estímulo que não causa nenhuma aversão a quem tem fobia e o 10 o estímulo que provoca mais sofrimento. “Tem que ser bem gradual, o paciente vai sendo exposto aos poucos até se acostumar com o objeto ou situação”, explica Lopes.
O psiquiatra explica que, embora algumas teorias psicanalíticas procurem buscar a raiz do problema, o intuito do paciente no momento de sofrimento é se livrar da fobia, então o tratamento deve ter foco no presente. “Precisa ser de hoje para trás. Em alguns casos, o primeiro trauma que fez a pessoa ter a fobia nem mais tem significado”, explica.
Hipnose
O psiquiatra e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Fernando Portela Câmara explica que a hipnose é muito bem indicada no tratamento das fobias simples, que são aquelas em que a pessoa tem uma aversão a um objeto ou situação, como medo de insetos, sangue, altura ou viajar de avião. No caso da fobia social, quando a pessoa tem medo de ser julgada ou sofre para falar em público, a hipnose não funciona bem.
“A pessoa é levada a enfrentar o medo dentro do transe hipnótico, que é um estado relaxado. Ela confronta na imaginação o estímulo fóbico, mas ao mesmo tempo o terapeuta mantém a pessoa relaxada, ou seja, cria um reflexo de tranquilidade."
Osmar Colas, professor e coordenador do grupo de estudos de hipnose da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que a hipnose proporciona a dessensibilização dos sintomas. “Começamos com a terapia cognitivo comportamental para ensinar a pessoa a controlar os sintomas físicos do medo, como palpitações, respirações rápidas, etc. Depois, a hipnose vai ajudar a amplificar o resultado dessas técnicas”, explica Colas.
Na hipnose, a exposição ao objeto ou situação em que alguém tem fobia é feita pela imaginação. “É mais confortável porque a pessoa sabe que está ali na poltrona do consultório, que está segura. Mas ela vai sentir como se estivesse em contato com a razão do seu medo, é uma realidade virtual”, explica o professor da Unifesp.
Outra técnica é regredir o paciente hipnoticamente para encontrar a razão da fobia, e então mudar o significado daquilo que foi mais traumático. “A regressão deve ser muito cuidadosa, para não gerar desconforto no paciente”.
iG
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