Foto: Artur Moser / Agencia RBS |
Um novo artigo publicado no The Gerontologist relata que entre os cristãos mais velhos, ouvir música gospel está associado a uma diminuição da ansiedade sobre a morte e a um aumento de satisfação com a vida e autoestima. Estas relações são semelhantes para negros e brancos, homens e mulheres, e indivíduos de baixo e alto nível socioeconômico.
— A religião é um importante recurso sócio emocional e tem sido ligada a resultados desejáveis para a saúde mental dos idosos nos Estados Unidos. Este estudo mostra que esse tipo de música pode promover o bem-estar psicológico na vida adulta— escreveu a equipe de cientistas, composta de acadêmicos de diversas universidades americanas.
Os dados analisados foram coletados em 2001 e 2004 e os 1.024 participantes tinham ao menos 65 anos de idade. Foram consideradas as respostas de cristãos praticantes, aqueles que se identificaram como cristãos no passado, mas já não praticavam nenhuma religião, e aqueles que não possuíram nenhuma crença durante a vida.
— Visto que a música gospel está disponível para a maioria das pessoas - mesmo aqueles com problemas de saúde ou limitações físicas que estão impedidos de participar em aspectos mais formais da vida religiosa -, pode ser um recurso valioso para a promoção da saúde mental no curso da vida— observam os autores.
Os voluntários foram questionados sobre a frequência com que ouviam este tipo de música, em uma escala que variava de "nunca" a "várias vezes ao dia." Ansiedade e medo da morte, satisfação com a vida, autoestima e senso de controle foram aspectos medidos e avaliados de acordo com o entrevistado, que concordava ou discordava de uma série de afirmações. Estas incluíram, mas não se limitaram, a: "Acho difícil encarar o fato de que vou morrer", "Estes são os melhores anos da minha vida", "Tomo uma atitude positiva em relação a mim mesmo" e "Influencio a maioria das coisas que acontecem na minha vida".
Zero Hora
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