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domingo, 21 de setembro de 2014

Lapsos de memória nem sempre são sinais de Alzheimer

Declínio de funções cognitivas são comuns com o passar dos anos, afirma especialista
 
Neste domingo (21) é comemorado o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, forma mais comum de demência entre os idosos, e se caracteriza pela perda progressiva das funções mentais. O Alzheimer é uma doença degenerativa em que a produção excessiva de uma proteína chamada beta-amiloide causa a corrosão de partes do cérebro, matando os neurônios de modo lento e contínuo, provocando danos nas atividades cerebrais. 

Por ser uma doença que afeta principalmente os idosos, muitas vezes, o Alzheimer é confundido com a simples perda de memória que vem naturalmente com a idade.

Mas como saber se esse é o seu caso? Para esclarecer as principais dúvidas de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença, o R7 entrevistou o neurologista do Nudec (Núcleo de Envelhecimento Cerebral) da Unifesp, Paulo Bertolucci que explicou as principais questões sobre o assunto.
 
Veja a seguir:
 
Segundo o neurologista, todas as pessoas podem ter perda de memória independentemente da idade. Coisas como esquecer nomes das pessoas, não lembrar onde colocou as chaves e ter a sensação de que está esquecendo algo importante é normal, e nem sempre significa alguma demência. 

― No mundo moderno isso é muito comum. O estresse e a vida atribulada podem provocar esse esquecimento. Às vezes é uma simples falta de atenção, afinal quem não está atento não memoriza.
 
No entanto, se estes lapsos passam a interferir no dia a dia, até nas atividades mais simples, é o momento de procurar um profissional e investigar a causa. De acordo com o especialista, alguns indícios da demência podem ser detectados nas atividades cotidianas.

― Se a pessoa esquece onde colocou as chaves e em algum momento do dia, se lembra de algo que remeta ao lugar em que as colocou, o problema não passa de uma perda de memória episódica. Caso a pessoa não lembre de maneira nenhuma, nem com estímulos, onde as colocou, o caso deve ser investigado.
 
No caso do Alzheimer, Bertolucci afirma que a doença envolve um fator genético, por isso, quem têm casos da demência na família tem uma maior probabilidade de desenvolvê-la no futuro. 

― Apesar do fator genético, há outros fatores que estão diretamente envolvidos, como a qualidade de vida. Quanto mais a pessoa cuida da sua saúde física, mental e emocional, mais ela se previne e até mesmo retarda o aparecimento de doenças como o Alzheimer.
 
Mas o que fazer para melhorar o funcionamento da memória e deixá-la mais ativa? Bertolucci explica que a memória pode ser estimulada e treinada diariamente com técnicas de relaxamento, meditação, exercícios que instiguem a atividade cerebral, como aprender uma nova língua, jogar xadrez e fazer palavras cruzadas.

― Uma boa noite de sono e descanso também faz diferença, pois é nesse momento que o cérebro processa, revisa e armazena os dados da memória. Noites mal dormidas ou de insônia levam à fadiga constante, prejudicando a habilidade de concentração e armazenamento de informações. Por isso sempre alie exercícios com a boa alimentação.
 
De acordo com o neurologista, alimentar-se bem e abusar de alimentos com ômega-3 e ácidos graxos é fundamental para o estimulo do nosso cérebro. 

― Turbine as refeições com alimentos ricos nessas substâncias. Consuma bastantes peixes, frutas, vegetais ricos em antioxidantes, além de sempre colocar no prato feijão, ovos ou soja.
 
Bertolucci afirma que com o passar dos anos, geralmente após os 60 anos, é natural ocorrer um declínio cognitivo. Os estímulos, a atenção e a velocidade de processamento sofrem alterações com o passar dos anos. 

― Muitos idosos se queixam de lapsos de memória, mas como já disse, isso não significa que eles estejam doentes. É preciso diferencial a perda de memória natural com a causada por demências como o Alzheimer.
 
R7 

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