De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, atualmente há 1.101 leitos de UTI para adultos, crianças e recém-nascidos |
Em entrevista à Agência Brasil, ele avaliou que a criação da Central Única de Regulação é uma boa medida, mas alertou que ela só vai funcionar plenamente se houver aumento no número de leitos, aquisição de novos equipamentos e contratação de pessoal.
Até o fim deste semestre os pacientes poderão contar com um serviço que facilitará a distribuição de vagas nas unidades federais, estaduais e municipais de saúde. As informações estarão concentradas na Central Única de Regulação. O modelo de organização de vagas vai ser definido em reuniões semanais de um grupo de trabalho formado por técnicos dos três níveis de governo.
Quando estiver funcionando, o paciente que procurar uma unidade básica de saúde da rede municipal, se houver necessidade, será encaminhado aos hospitais especializados do estado ou do governo federal. A expectativa é que haja ampliação no acesso aos leitos de UTI e, ainda, às consultas ambulatoriais e tratamentos específicos, como os oncológicos.
“Não vai ser organizando a regulação que vai ocorrer um milagre. A organização das vagas vai otimizar, mas não resolve. O que vai resolver, além disso, é a disponibilidade de leitos, de centros cirúrgicos e de equipes. A rede básica de atendimento tem que funcionar muito bem, para que a prevenção se faça adequadamente. Tudo isso é preciso fazer, mas [a central] é um bom começo”, disse.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, atualmente há 1.101 leitos de UTI para adultos, crianças e recém-nascidos. Em 2006 eram 269 leitos, quando foram realizadas 2.025 internações. No ano passado, o total ficou em 18.880.
O secretário de Saúde do Rio, Felipe Peixoto, destacou que há especialidades que são oferecidas em unidades de cada uma das esferas de governo que, às vezes, ficam ociosas, mas, com a central única, as vagas estarão disponíveis aos pacientes.
“O Estado ficou com a incumbência de fazer a gestão desta iniciativa. Pretendemos ampliar não só a consulta ambulatorial, mas permitir que quem precisa fazer tratamento oncológico, uma cirurgia ortopédica, ou de outras especialidades, estejam inseridos em uma única fila. O objetivo é permitir que a população tenha atendimento mais rápido”, esclareceu Peixoto.
Há mais de um ano que a medida vinha sendo discutida pelos três níveis de governo, com discussões sobre o fortalecimento da rede pública do Rio. Depois de uma reunião na quarta-feira (7) entre o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, ficou acertado que serão incluídos na rede unificada, os institutos, hospitais filantrópicos e a rede privada, contratada pelo SUS.
Agência Brasil
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