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sábado, 17 de janeiro de 2015

Remédio milagroso contra a obesidade: estamos cada vez mais perto

Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, identificaram um remédio promissor em seus ensaios clínicos capaz de ser a solução para uma grande quantidade de problemas do mundo
 
O chamado amlexanox se mostrou eficiente para o tratamento de obesidade, diabetes e doença hepática gordurosa. É praticamente um milagre em forma de pílula.
 
Amlexanox não é uma descoberta tão recente
Os pesquisadores já sabiam que ele existia, mas o usavam apenas no tratamento da asma. A novidade, na verdade, é que o amlexanox também se mostrou altamente capaz de causar a perda de peso e melhorar a diabetes em ratinhos obesos.
 
Nos experimentos feitos, os pesquisadores descobriram que o amlexanox exerce os seus efeitos através de um tipo especializado de células de gordura, aumentando o nível de uma segunda molécula mensageira chamada cAMP. O aumento destas células provoca, por sua vez, um aumento na “queima” de gordura, o que fez os roedores emagrecerem.
 
Os resultados dos testes também mostraram que o amlexanox desencadeia a liberação do hormônio interleucina-6 a partir destas células de gordura que, em seguida, viaja no sangue até o fígado. E no fígado dos ratos diabéticos, o interleucina-6 foi o responsável pela redução da produção de glicose, de modo que foi verificada uma redução no açúcar de todo o sangue.
 
“Sabemos que o amlexanox trabalha para reverter a obesidade e resistência à insulina, em parte, através da resolução de inflamação crônica e aumentando o gasto energético, mas isso não é tudo que o medicamento é capaz de fazer”, disse Shannon Reilly, principal autora do estudo. Reilly acrescenta que entender como o remédio também permite interferência entre as células de gordura e do fígado em camundongos obesos nos permite ver mais efeitos do amlexanox, bem como dá toda uma nova luz sobre como acontece a comunicação entre os diferentes tecidos do corpo.
 
Quebra-cabeça
A descoberta é a última peça do complexo quebra-cabeça que envolve inflamação, obesidade e diabetes, que os pesquisadores têm buscado entender com o objetivo de encontrar novos tratamentos para distúrbios metabólicos.
 
A obesidade leva a um estado de inflamação crônica no fígado e no tecido de gordura, que por sua vez, aumenta os níveis de um par de quinases: a IKK-ε e TBK1. Em 2009, os pesquisadores descobriram que essas quinases têm um papel fundamental no desenvolvimento da obesidade. E já em 2013, descobriram o amlexanox como salvador da pátria para curar não só a obesidade, como diabetes e esteatose hepática também, em ratos.
 
Na pesquisa publicada em dezembro de 2013, os pesquisadores descobriram que altos níveis de IKK-ε e TBK1 significavam que certos receptores nas células de gordura de ratos obesos eram incapazes de responder a neurotransmissores chamados catecolaminas, que são gerados pelo sistema nervoso simpático e promovem a tão maravilhosa queima de gordura.
 
Altos níveis de IKK-ε e TBK1 também resultaram em níveis mais baixos de cAMP, eles verificaram.

Em resumo, o amlexanox leva a redução de IKK-ε e TBK1, a um aumento de cAMP e da sensibilidade às catecolaminas, e por fim ao aumento do gasto energético pelas células de gordura.

Agora nos resta esperar para ver como o medicamento se comportará no organismo humano.
 
medicalxpress /  Hypescience

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