Foto: Anderson Carlos dos Santos Nascimento Adílson sofreu traumatismo grave ao cair de uma laje |
Um homem de 56 anos, morador de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, está há mais de dois anos aguardando para realizar a cirurgia que reconstruirá uma parte de seu crânio. O leitor Anderson Carlos dos Santos Nascimento afirma que o pai, Adílson Espínola Nascimento, está perdendo os movimentos do corpo, e culpa o governo estadual pela demora em liberar a prótese.
Anderson relatou que, em janeiro de 2013, Adílson caiu de uma laje e teve o crânio danificado. O leitor disse que o pai passou por todos os procedimentos hospitalares necessários, faltando apenas marcar a cranioplastia. Ele alega que, no Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, foi informado de que a prótese já foi liberada, mas o governo estadual se recusou a pagar por ela.
O filho contou ainda que, no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, uma parte do crânio foi armazenada dentro da barriga do paciente, mas uma infecção hospitalar impediu que ela fosse utilizada posteriormente. “Agora ele está até hoje esperando a prótese. E, com isso, a situação do meu pai só vem piorando a cada dia. Ele sempre foi uma pessoa ativa. Está sendo muito difícil para ele ficar dependendo de pessoas”, lamentou.
Procurada pelo Terra , a direção do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes informou que Adílson deu entrada na unidade no dia 4 de janeiro de 2013, vítima de traumatismo craniano grave. A instituição explicou que, como houve piora no quadro neurológico, o paciente foi submetido a uma cirurgia no dia 5 de janeiro, quando teve sua calota craniana retirada e implantada no abdômen para que pudesse ser utilizada na cranioplastia. O hospital destacou que este procedimento é padrão, nesses casos, e confirmou que a calota craniana precisou ser retirada e descartada, no dia 19 de janeiro, devido a um “quadro infeccioso abdominal”.
A direção afirmou que, diante do quadro, o paciente foi encaminhado ao Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, para colocação de prótese customizada. Lá, o paciente recebeu atendimento ambulatorial, foi submetido a exames, entre maio e junho de 2014, e, atualmente, está em fila para ser operado no instituto, segundo o hospital.
Terra
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