Artistas que recorrem ao uso de hormônios para alterar o corpo em performances correm sérios riscos de saúde, entre eles danos ao fígado, que é sobrecarregado pela testosterona, podendo até desenvolver um câncer
No caso de homens que tomam hormônio feminino, o desenvolvimento de seios pode levar até mesmo à aparição de um câncer de mama, segundo Walmir Coutinho, professor da PUC-Rio e endocrinologista do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia do Estado do Rio. Ainda segundo Coutinho, as alterações no corpo podem ser definitivas mesmo com a suspensão do uso.
No Brasil, hormônios são medicamentos controlados, que só podem ser comprados com receita médica. Pacientes diagnosticados com “disforia de gênero”, ou seja, aqueles que se identificam mais como sendo do sexo oposto, podem fazer o tratamento com hormônios sob os cuidados de médicos.
Não é o caso da maioria dos artistas. Virginia de Medeiros teve a ajuda de um médico só no início da ação. Outros, como Pedro Costa, que vive em Berlim, e Mavi Veloso, que vive em Bruxelas, não buscaram profissionais.
Folha de São Paulo
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