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A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, mostrou que quase 60% dos brasileiros estão acima do peso. De acordo com o levantamento,conduzido em 2013, o número de homens com sobrepeso passou de 42,4% para 57,3%, e de 42,1% para 59,8%, no caso das mulheres. Também houve um aumento significativo na obesidade: 17,5% dos homens estavam obesos em 2013, contra 9,3% em 2002. Para as mulheres o índice passou de 14% em 2002 para 25,2%.
Na avaliação do tamanho da cintura, 37,7% dos brasileiros estão com a circunferência aumentada, o que aumenta os riscos de doenças cardiovasculares e diabetes. A pressão alta, outro fator de risco para a saúde, foi constatada em 22,3% dos entrevistados.
Crianças
Os dados, divulgados nesta sexta-feira, também mostram que 60% das crianças com menos de dois anos já comeram biscoito, bolacha ou bolo e 32% já beberam refrigerante ou suco industrializado. O grande problema é que esses alimentos só devem ser consumidos justamente a partir de 2 anos de idade, segundo orientam nutricionistas e pediatras.
No que diz respeito ao aleitamento materno, apenas 49,4% dos bebês ainda eram amamentados entre nove e doze meses. O leite da mãe protege contra síndromes metabólicas, além de trazer outros benefícios para as crianças. A recomendação do Ministério da Saúde é que a amamentação vá, pelo menos, até os dois anos de idade.
Em relação a procedimentos de saúde de rotina, o IBGE levantou que 24,1% dos bebês com um ano de vida não haviam tomado as doses da vacina tetravalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche e meningite. Os exames neonatais também trazem dados preocupantes: 29,2% dos recém-nascidos não fizeram o teste do pezinho (que identifica precocemente doenças metabólicas, genéticas ou infecciosas), 44% não fizeram o da orelhinha (para detecção de surdez congênita) e 48,9% não fizeram o do olhinho (para constatação de alterações oculares) no primeiro mês de vida.
Mulheres
De acordo com a pesquisa, 40% das brasileiras entre 50 e 69 anos de idade não se submeteram ao exame de mamografia nos dois anos anteriores à pesquisa. O procedimento é essencial para detecção do câncer de mama. No que diz respeito ao papanicolau, que detecta o câncer de colo do útero, 16,9% das mulheres entre 25 e 64 anos nunca fizeram o exame.
Já em relação à saúde reprodutiva, 61,1% das mulheres sexualmente ativas relataram que usam métodos contraceptivos e quase 70% das brasileiras entre 18 e 49 anos relataram já terem ficado grávidas alguma vez na vida.
Cerca de 45% das grávidas em 2013 fizeram parto normal. Das brasileiras que fizeram cesariana, 53,5% marcaram a data do parto com antecedência. Quanto ao aborto, apenas 2% das mulheres relataram ter provocado um aborto e 15% disseram ter sofrido abordo espontâneo.
Idosos
No que diz respeito à saúde dos idosos, o levantamento mostrou que 6,8% das pessoas com 60 anos ou mais tinham algum tipo de limitação funcional, como comer, tomar banho, vestir-se ou ir ao banheiro.
A pesquisa também verificou que 84% desse grupo não conseguiam realizar tarefas sozinhos, mas 10,9% não tinham nenhuma ajuda. Entre os idosos que recebiam algum tipo de ajuda, 18% precisavam pagar pelos cuidados e quase 79% podiam contar com familiares.
O estudo também analisou limitações para exercer atividades instrumentais, como fazer compras, cuidar do próprio dinheiro, tomar medicamentos e utilizar meios de transporte. Foi constatado que 17,3% dos idosos tinham alguma limitação para exercer essas atividades, sendo a maioria de mulheres.
Segundo a pesquisa, quanto maior o nível de instrução menor é a proporção de pessoas com algum tipo de limitação. Quase 28% dos idosos sem instrução tinham limitação funcional para atividades instrumentais. No grupo com ensino fundamental completo ou mais anos de estudo esse número caiu para 7,9%.
Pessoas com deficiência
Segundo a pesquisa, 6,2% dos brasileiros têm pelo menos uma deficiência, seja intelectual, física, auditiva ou visual. A deficiência mais comum é a visual, que atinge 3,6% das pessoas, seguida pela física (1,3%), auditiva (1,1%) e intelectual (0,8%).
Para o levantamento, os pesquisadores percorreram 62.658 domicílios de todo o país em 2013 e aplicaram questionários sobre deficiências, saúde dos idosos, das mulheres e das crianças com até dois anos de idade. Para os dados referentes ao peso, a publicação fez uma comparação com as Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF) realizadas pelo instituto nos períodos 2002/2003 e 2008/2009.
Com Estadão Conteúdo
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