Wilson Dias/ABr - Lixão da Estrutural, em Brasília |
O tratamento de doenças relacionadas ao descarte inadequado do lixo pode custar US$ 370 milhões por ano ao sistema de saúde pública do Brasil, de acordo com um novo estudo que avaliou o impacto dos mais de 3.000 mil lixões do país sobre a saúde o meio ambiente
Divulgado na segunda-feira (28), o trabalho inédito foi realizado pela International Solid Waste Association (ISWA), em parceria com o Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana e com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza.
Segundo o levantamento, cerca de 75 milhões de brasileiros têm seus resíduos destinados a lixões ou outros locais impróprios.
De acordo com o coordenador do estudo, o grego Antonis Mavropoulos, da ISWA, pessoas que moram perto dos lixões, catadores de materiais recicláveis e trabalhadores de limpeza urbana são os principais afetados.
"As doenças se propagam por contaminação de água, solo, ar, fauna e flora", disse.
O trabalho analisou a produção de resíduos sólidos no Brasil entre 2010 e 2014 e concluiu que cerca de 1% da população desenvolve doenças.
"O custo para o SUS no tratamento dessas doenças é de US$ 500 por pessoa", afirma Mavropoulos. "Nossa estimativa é de custos anuais de US$ 370 milhões por ano, totalizando US$ 1,85 bilhão em cinco anos."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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