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O Iraque foi considerado o pior local para morrer, enquanto a Grã-Bretanha, o melhor. Já o Brasil ficou na 38ª posição -- entre 80 países -- do Índice de Qualidade de Morte 2015, divulgado recentemente pela consultoria Economist Intelligence Unit.
O índice analisou a qualidade e a disponibilidade de cuidados paliativos para pacientes em estado terminal. Entre os fatores considerados estavam a disponibilidade, o custo e a qualidade destes tratamentos ao redor do mundo, como alívio da dor, apoio espiritual e psicológico, ajuda aos pacientes para permanecerem ativos, apoio emocional para as famílias e cuidados destinados a "não apressar e nem adiar a morte".
Além da Grã-Bretanha, Austrália e Nova Zelândia aparecem no topo do ranking geral. Nas piores posições ficaram, além do Iraque, Bangladesh e Filipinas. "Não é surpresa encontrar países como Grã-Bretanha, Austrália e Nova Zelândia no topo do ranking, considerando a riqueza, infraestrutura e vasto reconhecimento da importância de desenvolver estratégias nacionais de saúde para o fim da vida", disse o estudo.
Embora os primeiros colocados tenham sido países ricos e desenvolvidos, houve reconhecimento e elogios para países mais pobres, como a Mongólia, que ficou em 28º lugar no ranking após investimentos em instalações de cuidados paliativos, e Uganda, que ficou na 35ª posição por seus esforços para melhorar o controle da dor.
Sheila Payne, diretora do Observatório Internacional para Tratamento no Fim da Vida, disse à rede BBC que a baixa pontuação de nações em desenvolvimento "se deve à falta de financiamento e reconhecimento nestes países sobre políticas públicas de saúde em tratamento paliativo". O relatório também aponta que razões culturais e questões religiosas também influenciam no tratamento dado a pacientes terminais em países como o Japão, a China e a Índia.
Até mesmo os países com a melhor classificação no ranking têm problemas em fornecer serviços de cuidado paliativos para todos os cidadãos que precisam. Diante disso, o estudo afirma que são necessárias mudanças culturais para ajudar a melhorar a qualidade de vida de pacientes terminais e suas famílias. Também é preciso uma melhor formação em cuidados paliativos para os profissionais de saúde.
Brasil
De acordo com o relatório, os cuidados paliativos no Brasil ainda têm muito que melhorar.
Entre os principais obstáculos, estão o ambiente hospitalar para os cuidados e o acesso limitado a profissionais treinados. O país ficou nas últimas posições no quesito disponibilidade de tratamentos e de conhecimento público sobre tratamentos disponíveis no fim da vida.
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