Devido ao impacto, a corrida de rua pode levar ao aparecimento da incontinência urinária. Saiba como tratar
A prática de corrida, assim como de qualquer outro esporte de impacto, como ginástica, tênis e basquete, gera uma sobrecarga nos músculos do assoalho pélvico, podendo levar ao desenvolvimento da incontinência urinária na mulher. Constrangidas com a situação, muitas mulheres acabam abandonando o esporte. Porém, este problema pode ser evitado ou tratado por meio da fisioterapia.
Cerca de 35% das mulheres entre 25 e 65 anos apresentam incontinência urinária, sendo que a patologia aumenta com a idade, podendo atingir até 60% da população com mais de 70 anos. Os principais fatores de risco para desenvolvimento da incontinência são: idade, obesidade, menopausa, cirurgias ginecológicas, constipação intestinal, fatores hereditários, tabagismo, número de gestações, tipo de parto e exercícios físicos.
Algumas mulheres desenvolvem incontinência urinária durante a realização da atividade física e, nestes casos, a patologia tende a ter um caráter progressivo. Existem mulheres, contudo, que já sofrem com o problema e, ao iniciar a atividade física, pode vir a ter uma perda de urina mais acentuada durante o esforço físico.
Para evitar este problema, a corredora deve preparar sua musculatura pélvica para receber impacto e, desta forma, diminuir a incidência de incontinência urinária. Este treinamento pode ser realizado com auxílio da fisioterapia com profissionais especializados em fortalecimento e reabilitação do assoalho pélvico.
O tratamento deve ser realizado através de sessões de fisioterapia, nas quais são realizados exercícios direcionados ao fortalecimento da musculatura pélvica ou, em casos mais graves, através de cirurgia. Mas antes de iniciar qualquer tratamento, o melhor é que a atleta consulte seu médico para receber as orientações.
(Fonte: Milton Skaff, urologista do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo)
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