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segunda-feira, 14 de março de 2016

Nova tecnologia de biópsia de próstata acrescenta dados de ressonância magnética para melhorar o diagnóstico

Saber sobre a malignidade de um nódulo ou algum achado de um exame é sempre um momento tenso para quem o vive, principalmente para os pacientes com suspeita de câncer de próstata, pois o método mais utilizado para rastreio – a biópsia sistemática por sextantes, feita por ultrassom – exibe algumas notórias limitações diagnósticas, como a baixa sensibilidade da ultrassonografia para visualizar lesões suspeitas, o excesso de diagnóstico de lesões insignificantes e a falha em detectar lesões em localizações atípicas na próstata
 
Mas os cariocas acabam de ganhar uma maneira nova e mais avançada para a detecção de tumores dessa origem: a biópsia por fusão de imagens de ultrassom e ressonância magnética. O primeiro procedimento realizado no Rio de Janeiro aconteceu em 26 de fevereiro deste ano, feito pela Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI) e liderado pelo professor e radiologista Leonardo Kayat, integrante do corpo clínico da CDPI.
 
Dentre as vantagens, o novo método possui maior precisão na detecção de lesões suspeitas e significativas – aquelas que necessitam de tratamento imediato – e reduz o diagnóstico excessivo de lesões insignificantes e tratamentos desnecessários. Segundo um estudo da European Urology, a biópsia por fusão de imagens detecta 32% a mais de tumores significativos do que a biópsia comum por ultrassom.
 
Leonardo traça um paralelo entre os dois métodos e explica o porquê do melhor desempenho da fusão: “A ultrassonografia colhe amostras aleatórias de setores da próstata, sendo necessário, por vezes, perfurar toda a extensão da glândula para colher diversas porções, uma vez que as imagens ultrassonográficas não têm a acurácia necessária para detectar as lesões significativas que precisam de tratamento. É como se precisássemos, para acertar um animal, atirar para todos os lados. Em contrapartida, ao utilizar isoladamente a ressonância, conseguimos uma imagem muito mais nítida e de elevada acurácia, mas sem permitir procedimentos que abordem diretamente a lesão. Nesse caso, é como se víssemos o animal em uma jaula, protegido. A fusão dessas duas imagens resulta em um ganho aditivo, pois combina a praticidade e disponibilidade do ultrassom para chegar à lesão com a nitidez e o poder diagnóstico das imagens de RM.”
 
Na prática, o paciente faz antes o exame de ressonância, e as imagens resultantes são exportadas para o equipamento de ultrassom, no qual o radiologista consegue abri-las lado a lado, demarcando a lesão significativa na imagem obtida com a ressonância – mais definida – e guiando a agulha para a biópsia pelo ultrassom. “A navegação nas imagens para encontrar a lesão suspeita de tumor acontece como uma espécie de GPS para posicioná-las de forma corregistrada”, conta Kayat.
 
De acordo com o médico, a biópsia por fusão se tornará, brevemente, o padrão para diagnóstico de câncer de próstata, já com grande aceitação em serviços nos Estados Unidos e na Europa, e o Rio de Janeiro lança mão dessa inovação junto com outros grandes centros de medicina.
 
“A técnica é superior, pois aumenta a precisão na detecção de tumores significativos – aqueles que necessitam de tratamento imediato –, enquanto a biópsia por sextante encontra proporcionalmente mais lesões insignificantes, ou seja, aquelas que não necessitariam de intervenção. Usar a biópsia por fusão significa otimizar o diagnóstico de câncer de próstata, reduzindo falhas diagnósticas de lesões significativas ou tratamentos desnecessários em lesões irrelevantes”, afirma o radiologista.
 
A biópsia de próstata por fusão de imagens de ressonância e ultrassom está acessível aos cariocas na CDPI, pioneira na utilização da técnica no Rio, na unidade BarraShopping – Av. das Américas, 4.666/3º andar. Informações: (21) 2212-2525.

Foto: Reprodução
 
Rachel Lopes
Assessoria de Imprensa

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