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quarta-feira, 22 de junho de 2016

Metodologia reduz desperdícios, aumenta produção e causa impacto nos custos e lucros das instituições de saúde

Ela surgiu, no Japão, na década de 40 na indústria automotiva e só chegou à área hospitalar sessenta anos depois


Estamos falando de uma metodologia capaz de produzir serviços de alta qualidade, com processos otimizados e seguros, o que implica na redução do desperdício, de erros de processos e eliminação do retrabalho, impactando diretamente nos custos relacionados. É a metodologia Lean, já implementada com sucesso em hospitais norte-americanos e que, aos poucos, vem despertando interesse de profissionais e instituições de saúde brasileiras.

Educadora para acreditação de instituições de saúde e docente do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), Ana Luiza Demarchi Geloneze, especialista com formação Black Belt na metodologia Lean Six Sigma, lembra que o Virginia Mason Medical Center (EUA), um dos pioneiros da adoção da metodologia, era até então um hospital deficitário que enfrentava grave crise institucional devido a um erro na assistência. “Após um árduo trabalho aplicando Lean, figurou entre os melhores hospitais dos Estados Unidos por seis anos consecutivos, de 2006 e 2011, sendo inclusive eleito pelo Leap Frog Group (organização sem fins lucrativos que avalia a segurança dos hospitais) como o melhor hospital norte-americano”, salienta.

Segundo ela, outra instituição daquele país a adotar a metodologia foi o ThedaCare. Com sete hospitais e mais de 6.800 funcionários, a aplicação da ferramenta gerou uma economia superior a U$ 27 milhões. “O modelo de cuidado colaborativo desenvolvido e orientado pela metodologia Lean, resultou em uma redução de 25% dos custos globais da assistência. Entre 2008 e 2011, o ThedaCare aumentou em quase 20% a margem bruta de seu fluxo de caixa”, enfatiza Ana Geloneze, dizendo que, no Brasil, já existem diversas instituições hospitalares que iniciaram sua jornada Lean, revelando resultados expressivos. Segundo a especialista, a metodologia, que tem como princípio priorizar as necessidades dos clientes, está intimamente ligada à melhoria da qualidade e redução de custos.

“Podemos aumentar expressivamente o Giro de Leito dos hospitais, aumentar a rotatividade e produção das salas cirúrgicas, diminuir estoques de almoxarifado e farmácia, diminuir tempo de permanência, reduzir filas de espera para pacientes ambulatoriais aumentando a capacidade de atendimento, sem a necessidade de aumento de quadro de funcionários, apenas identificando e eliminando desperdícios e aproveitando os recursos já existentes”, garante. Ana Geloneze afirma que quando a ferramenta é utilizada para o Mapeamento de Fluxo de Valor são identificados desperdícios antes não reconhecidos que acabavam sendo incorporados aos processos e atividades de trabalho.

A educadora e docente do CBA é categórica ao afirmar: “A metodologia Lean não só trabalha focada na redução de desperdícios e aumento da produção, com impacto direto nos custos e lucros das instituições, como também promove mudanças que irão continuamente favorecer e melhorar a qualidade e segurança nestes ambientes”.

Para isso, é necessário utilizar uma ferramenta conhecida como DMAIC (definir, medir, analisar, implantar e controlar). “Essa e outras ferramentas, além dos principais conceitos e fundamentos da metodologia Lean, são ensinados aos profissionais que fazem o curso ofertado pelo CBA. Nele, os participantes entram em contato com exercícios práticos, experiências nacionais e internacionais e, aprendem identificar os benefícios da metodologia em prol dos padrões de acreditação internacional da Joint Commission International (JCI), da qual o CBA é associado no Brasil”, dia Ana Geloneze, docente do curso que é oferecido pelo CBA em formato à distância, presencial ou in company.

“Para quem não conhece esta ferramenta indico primeiramente realizar o curso à distância, pois introduz o profissional nos conceitos desta ferramenta, para depois participar do presencial,”, recomenda Rosângela Boigues, coordenadora de Ensino do CBA. Segundo ela, o curso EAD tem formato de vídeo-aula, e pode ser iniciado assim que o interessado comprar o curso, pois já esta disponível em nossa plataforma. “Enviamos o login e a senha. O curso fica aberto por 45 dias, podendo ser acessado pelo aluno no dia e horário que melhor lhe convier. Após a conclusão, emitimos o certificado online”, informa Rosângela. Para saber mais, acesse http://ead.cbacred.org.br/.

Informações do curso Lean, nas modalidades presencial ou in company, podem ser obtidas pelo tel. (21)3299-8241 ou secretaria.ensino@cbacred.org.br.

Foto: Reprodução

Nathália Vincentis
Jornalismo
www.sbcomunicacao.com.br

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