Com o objetivo de aumentar as taxas de aleitamento materno no País e ampliar a consciência a respeito dos benefícios da amamentação para a saúde da mulher, da criança, da família e de toda a sociedade, o Ministério da Saúde (MS) celebra entre os dias 1° e 7 de agosto a Semana Mundial da Amamentação (SMAN)
Comemorada em mais de 150 países, a SMAN foi idealizada pela WABA (World Alliance for Breastfeeding Action – Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno). O tema da campanha brasileira deste ano é “Amamentação. Faz bem para o seu filho, para você e para o planeta”.
Amamentar é a forma de proteção e alimentação mais econômica do mundo. A mãe que amamenta o filho não compra leite e fórmulas infantis, o que evita a produção de embalagens. Por consequência, ela também não precisará fazer mamadeira, evitando gasto de água e energia para esterilizar e esquentar o alimento. Dessa maneira, é possível gastar menos energia e economizar recursos naturais, sem perder qualidade.
Fernanda Ramos Monteiro, Coordenadora das Ações de Aleitamento Materno da Coordenação Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno (CGSCAM) do Ministério da Saúde, explica que inserir a sustentabilidade na campanha de 2016 é uma maneira de falar dos benefícios que poucas pessoas sabem em relação à amamentação. “Geralmente todo mundo sabe da importância do leite materno, do quanto faz bem pra criança, do seu papel na redução da mortalidade infantil, mas queremos mostrar também, qual o benefício para o planeta e para a sociedade como um todo”, explica.
Para a saúde da criança, o aleitamento diminui a ocorrência de diarreias, afecções perinatais (problemas respiratórios e complicações de saúde antes, durante e logo após o parto) e infecções, que são as principais causas de morte entre recém-nascidos. Já para a mulher, as chances de desenvolver câncer de mama e de ovário reduzem significativamente.
A recomendação do Ministério da Saúde (MS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de amamentar os filhos de forma exclusiva até o sexto mês de vida, e só inserir alimentação sólida após esse período. Ainda é recomendado que as crianças sejam amamentadas até dois anos ou mais, em conjunto com a alimentação saudável.
Marcela Ribeiro Albuquerque, mãe da Cecília, conta que amamentou exclusivamente no seio até os seis meses de idade. Hoje, com um ano e dois meses, a filha ainda é amamentada. Isso contribuiu para a saúde da pequena. “Desde que ela nasceu, nunca ficou doente. Isso eu devo ao leite materno e aos alimentos saudáveis que ela come”, explica.
A amamentação é capaz de diminuir em até 13% a morte de crianças menores de cinco anos por causas preveníveis por todo o mundo. Segundo a OMS e o Programa das Nações Unidas para a Infância (Unicef), cerca de seis milhões de vidas de crianças são salvas a cada ano por causa do aumento de taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de vida.
Incentivo
Além de promover a saúde da criança, a Semana Mundial da Amamentação (SMAN) também busca incentivar que mulheres exerçam o seu direito de amamentar. Infelizmente, um ato tão comum e natural ainda precisa ter amparo da lei para ser garantido. Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, aplicam multa para estabelecimentos privados e públicos que impeçam mulheres de amamentar. No Rio de Janeiro, por exemplo, quem afixar cartaz proibindo a amamentação no próprio estabelecimento pode ser multado em até 10 mil reais.
Rose Baiaroski, mãe do Benjamin, explica que em mesmo com pressão externa, não pensou em deixar de amamentar. “Eu sabia que estava fazendo o melhor pro meu filho”, incentiva.
Apoio
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) contam com profissionais capacitados para instruir as mães a respeito da amamentação. Os bancos de leite humano também são espaços de orientação a respeito de qual a melhor maneira de amamentar, entre outras dúvidas frequentes das mães. Pelo telefone você pode ligar para o Disque Saúde no 136. Também fique atendo para as ações da SMAN na sua cidade!
Aline Czezacki, para o Blog da Saúde
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