O Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, trata da conscientização sobre essa doença que, frequentemente, no princípio, é silenciosa
Para marcar essa data, o CHN (Complexo Hospitalar de Niterói) chama a atenção para a importância da informação no processo de prevenção e diagnóstico precoce do diabetes.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), havia 14,3 milhões de pessoas vivendo com a doença no Brasil em 2015, o que representava 9,4% da população, e metade dos pacientes ainda não havia recebido o diagnóstico da patologia. Por isso, é possível que conhecidos próximos ou até mesmo você tenha diabetes.
Para entender o diabetes
De acordo com o Dr. Walmick Menezes, clínico do CHN e mestre em clínica médica pela UFRJ, apesar de haver muita informação sobre o assunto, ainda há pouca conscientização da população geral sobre essa disfunção grave e suas formas de prevenção, já que a maior parte dos casos está diretamente ligada a fatores comportamentais associados com predisposição genética.
O diabetes é uma doença crônica que se caracteriza por hiperglicemia (glicose elevada no sangue), causada pela resistência à ação da insulina e o comprometimento de sua produção. Esse hormônio produzido pelo pâncreas controla os níveis de glicose no sangue. Podem ocorrer lesões nos vasos sanguíneos, nervos e diversos órgãos.
A doença pode ser dividida em dois principais tipos: o diabetes tipo 1 é aquele no qual o sistema imunológico ataca, de forma equivocada, as células betapancreáticas e há deficiência completa da produção de insulina. O resultado é que a glicose permanece no sangue, enquanto deveria ser captada pelas células. Esse tipo surge geralmente antes dos 20 anos, mas também pode ser diagnosticado posteriormente. O diabetes tipo 2 é o que acomete cerca de 90% das pessoas com a doença. Ocorre quando o organismo não consegue usar, de maneira adequada, a insulina que produz e quando há o comprometimento da secreção de insulina para controlar a glicemia. Em sua maior parte, o diabetes tipo 2 se manifesta em adultos e, dependendo da gravidade, pode ser controlado com atividade física, dieta e uso de medicamentos. A prevalência do diabetes tem aumentado dramaticamente em todo o mundo em razão da obesidade, do sedentarismo e do envelhecimento global.
A prevenção
Por se tratar de uma doença silenciosa, o que quer dizer que, sem que sejam feitos exames, a pessoa pode não descobrir que tem a doença, a atenção ao modo de vida pode ajudar na prevenção. Estes são os fatores de risco: sobrepeso e obesidade; sedentarismo; idade acima de 45 anos; histórico familiar de diabetes; intolerância à glicose; hipertensão arterial; dislipidemia e síndrome do ovário policístico. É importante fazer exames de sangue (glicose e hemoglobina glicada) a cada três anos se você tem mais de 45 anos ou antes, se houver algum dos fatores de risco citados anteriormente.
Alimentação equilibrada, controle do peso e prática de exercícios físicos regulares podem auxiliar muito na prevenção do diabetes. Há também medicações que podem ser utilizadas preventivamente, sob orientação médica.
Foto: Reprodução
Livia Zampirole
Assessoria de Imprensa
livia@saudeempauta.com.br
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