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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

O papel do farmacêutico vai além da rastreabilidade de medicamentos

Na última semana a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou mudanças no projeto de criação do sistema nacional de rastreabilidade de medicamentos

Na nova proposta, a resolução – que tem como objetivo o controle do caminho dos remédios da indústria ao consumidor – passa a ter foco apenas em medicamentos de alto custo ou que precisam de prescrição médica. A proposta prevê ainda prazos específicos para cada setor informar o trajeto desses remédios. As farmácias, por exemplo, teriam sete dias para comunicar os dados no site da Anvisa.

A farmacêutica e gerente do Valida Laboratório de Ensaios Térmicos, Liana Montemor, acredita que a rastreabilidade de medicamentos tem papel fundamental para a segurança da saúde pública, e ressalta que o papel do farmacêutico vai muito além.

“Com a nova proposta, a rastreabilidade seria apenas de medicamentos de alto custo. Muitos produtos biológicos fazem parte desse grupo e necessitam de um controle rígido de temperatura (entre 2º C e 8º C, por exemplo) para a sua eficácia. Dessa forma, é muito importante que o farmacêutico se atenha à temperatura dos produtos como garantia da qualidade do medicamento a ser dispensado”, esclarece. 

A especialista em cadeia fria explica que até mesmo a embalagem entregue ao paciente dentro da farmácia deve ser qualificada e garantir a manutenção da temperatura durante o transporte até a residência. “Medicamentos biológicos são feitos a partir de células vivas, ou seja, se transportado de maneira incorreta perde-se a estabilidade e as propriedades farmacológicas. É uma questão de saúde pública”, afirma Liana.

Por RS Press - Laís Cavassana

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