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quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Como fazer uso seguro de medicamentos durante a amamentação

Posso tomar medicamento sem culpa? Meu filho será prejudicado? O que eu devo evitar? A orientação do profissional da saúde é essencial para a saúde da mãe e do bebê

Uma das dúvidas comuns entre as mães que amamentam é saber se podem tomar medicamentos. Principalmente as mães que têm doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Apesar de a maioria dos medicamentos ser compatível com a amamentação, seu uso deve ser avaliado de forma criteriosa por um profissional de saúde, para evitar riscos para as mães e para os bebês. Poucos são formalmente contraindicados.

O aleitamento materno é fundamental e de total importância. Por isso, o Ministério da Saúde orienta que as mulheres conversem com um profissional de saúde para fazer uma seleção cuidadosa daquilo que utilizam, para que possam amamentar com segurança. Mas há ocasiões em que é preciso considerar o risco/benefício do tratamento na mãe que amamenta.

“É preciso avaliar que tipo de medicamento a mulher está tomando. Caso seja um medicamento que prejudique a amamentação, é preciso analisar o que tem maior valor no momento, o medicamento ou a amamentação, sempre lembrando que o leite materno é o melhor alimento para o bebê”, explica a coordenadora de saúde da mulher do Ministério da Saúde, Esther Vilela.

A maioria dos remédios passa para o leite materno, mas em pequenas quantidades. Muitas vezes, não chegam a ser absorvidas no trato gastrointestinal da criança. Contudo, é essencial que a mãe informe sobre uso de medicamentos. “Existem três categorias de medicamentos durante o período de lactação: uso compatível, uso criterioso e uso contraindicado. Por isso, a orientação de um profissional é sempre importante”, esclarece a coordenadora.

Medicamento contínuo
O acompanhamento e a orientação especializada, desde o pré-natal, são essenciais para que a mulher que faz uso de medicamento contínuo se sinta segura a prosseguir seu tratamento durante a amamentação. “As mulheres que têm doenças crônicas podem amamentar, mas em todos esses casos é extremamente importante que essa mulher, desde a gestação, tenha um acompanhamento, principalmente para se sentir apoiada em todos os momentos”, completa Miriam Santos, médica pediatra da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

Esse acompanhamento foi fundamental para a nutricionista Sabrina Scotton continuar a amamentar o filho dela. Com diabetes desde os 11 anos, ela conta que sua profissão também a ajudou a entender sobre o assunto e, por isso, se sentiu segura em tomar suas medicações. “As minhas doses de insulina aumentaram durante a gestação, mas somente na gravidez. Já no período da amamentação voltou à dosagem normal. Mas eu sabia que isso não seria um problema durante o aleitamento, que não passaria para minha filha”, relata.

Para mais segurança, mesmo com aquelas dores de cabeça na correria do dia a dia, desconforto, enjoou ou dor, é importante sempre continuar contando com uma orientação médica na necessidade do uso de qualquer remédio e assim evitar riscos para a mamãe e para o bebê. Além disso, quando há indicação, a mãe deve usar como foi receitado, tomando a quantidade certa, na hora certa, pelo tempo que foi determinado.

Confira abaixo algumas das substâncias avaliadas no manual de Amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias do Ministério de Saúde.

Para acessar a lista completa, clique aqui.

nuso compatível nuso criterioso nuso contraindicado
Antiácidos
Esomeprazol
Lansoprazol
Descongestionantes nasais
Fenilpropanolamina
Efedrina
Antitussígenos (contra tosse)
Codeína
Dropropisina
Vasopressores
Adrenalina
Efedrina:
Antibióticos
Amoxicilina
Levofloxacina
Linezolida
Contraceptivos
Dispositivo intrauterino (DIU)
Drospirenona
Anticoncepcional hormonal combinado
Cosméticos
Tinturas para cabelo
Amônia
Formol 

Luíza Tiné, para o Blog da Saúde

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