Dados são referentes a comparação entre o primeiro semestre de 2017 e o do ano passado. Neste ano, houve queda nos transplantes de pulmão e pâncreas
O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos, que o Brasil registrou recorde de doadores de órgãos, com 1.662 doadores no primeiro semestre — aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar disso, segundo a pasta, a recusa das famílias em autorizar os transplantes ainda é alta (43%).
O órgão lançou a campanha “Família, quem você ama pode salvar vidas” para sensibilizar os parentes de pessoas com morte cerebral a doarem os órgãos. Atualmente, 26.507 pessoas aguardam por um rim; 11.413, por córnea; 1.904, por fígado; 389, por coração; 203, por pulmão; e 64, por pâncreas. O ministério estima gastar R$ 966 milhões neste ano com transplante de órgãos. De todos os procedimentos realizados no país, 93% foram feitos pelo SUS. Parte deles só foi possibilitado pelas parcerias com a FAB e empresas de transporte aéreo (667 órgãos).
Números
Os transplantes de fígado, rim, córnea e medula óssea registraram recorde neste ano. Pulmão e pâncreas, porém, tiveram queda, de 21,8% e 40%, respectivamente. Para melhorar os números de transplante de pâncreas, o governo federal anunciou que vai investir R$ 7 milhões ao ano.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, declarou que a parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB) possibilitou aumento de 6.000% nas cirurgias. Durante a apresentação da campanha, um certificado foi entregue à atleta Liége Gautério. Ela passou por transplante de pulmão e ganhou três medalhas em atletismo nas Olimpíadas dos Transplantados.
“Depois de amanhã faço meu sexto aniversário de transplante. Há seis anos eu recebi essa chance de viver em função de uma família que disse ‘sim’ para mim, para a minha família e para a minha equipe transplantadora”, disse Liége.
O Globo
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