Pacientes são “transportados” para cenários exuberantes; ação promove relaxamento e até mesmo aumenta a tolerância à dor, sem uso de remédios
O simples fato de pensar em visitar a emergência de um hospital é estressante para muitas pessoas, mesmo sem o desconforto ou a dor de um exame ou tratamento. Mas um programa imersão em realidade virtual criado por três universitários está sendo usado na França para relaxar pacientes e até mesmo aumentar a tolerância à dor, sem recorrer a drogas. “O que oferecemos é um mundo contemplativo, onde o paciente faz uma visita guiada, no modo interativo, para tocar música, pintar ou resolver um enigma”, disse Reda Khouadra, uma das três pessoas de 24 anos por trás do projeto.
À medida que os pacientes são transportados com os óculos de realidade virtual para um mundo tridimensional de jardins zen japoneses ou encostas cobertas de neve, eles se tornam mais tolerantes a procedimentos menores, porém dolorosos, como receber pontos, tratar queimaduras, inserir um cateter urinário ou recolocar um ombro deslocado no lugar.
“O projeto de realidade virtual nos permite oferecer aos pacientes uma técnica para distrair sua atenção e controlar sua dor e ansiedade ao serem atendidos na sala de emergência”, disse Olivier Ganansia, chefe do departamento de emergência do Hospital Saint-Joseph, em Paris.
“Eu acho que em 10 anos, a realidade virtual não será mais uma questão, e será usada em hospitais rotineiramente”. A startup da Healthy Mind não é a primeira do mundo, mas conseguiu um prêmio de 20 mil dólares de uma universidade de Adelaide, na Austrália – que agora pagará para os três fundadores para apresentarem seu projeto na sede da Microsoft na cidade de Seattle.
R7
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