Segundo especialistas, 70% das vagas são preenchidas por “QI”; profissionais têm de provar competência para continuar na empresa Patrícia Lucena, iG São Paulo A prática do “Quem Indica” é responsável pela maioria do preenchimento de vagas nas empresas. Segundo especialistas ouvidos pelo iG Carreiras, aproximadamente 70% das posições são definidas dessa forma. Para se beneficiar de uma indicação, é necessário que o profissional mantenha uma rede de relacionamento ampla e atualizada. “É a partir dela que as oportunidades surgem”, analisa Edson Rodrigues, diretor do site de coaching Your Life. A indicação é importante em boa parte dos processos seletivos, mas não deve ser entendida como “carta branca” para seu comportamento no emprego, alerta Paulo Mendes, sócio da 2GET, empresa especializada em recrutamento. “O profissional deve ter cuidado. A sua postura é que vai mantê-lo na empresa. Ele tem que mostrar que é competente.” O profissional que chega à empresa afirmando que está lá porque foi indicado por um diretor pode acabar sendo mal avaliada pela sua arrogância. “Se a pessoa precisa disso para aparecer, é porque alguma coisa está errada. Ela não deve ser boa no que faz”, analisa Mendes. Por isso, os apadrinhados precisam se esforçar e mostrar que realmente têm o perfil adequado para a vaga. “Muitas vezes, uma pessoa estava esperando uma promoção e entra alguém por indicação. Fica um mal-estar”, exemplifica Rodrigues. Nesse caso, o novato deve “mostrar que é realmente competente” e, assim, conquistar o respeito da equipe. “A pessoa que entra dessa forma tem que honrar a indicação e se esforçar para se integrar com os colegas”, reforça Mendes. Rodrigues alerta que o cuidado também deve existir pela pessoa que faz a indicação. “O profissional que indica acaba se responsabilizando pela competência do outro.” Por outro lado, essa responsabilidade não acontece quando alguém indica um profissional simplesmente para participar de um processo seletivo. Há ainda o risco de a indicação comprometer a amizade. “Antes ele era teu amigo, agora é seu chefe. O que pode parecer uma solução acaba complicando uma relação”, destaca Carmelina Nickel, consultora sênior da DBM Consultoria. Indicação ou imposição? A indicação é usava em muitas empresas como um mecanismo auxiliar ao recrutamento tradicional. Nesses casos, mesmo com o aval de algum funcionário, os candidatos continuam tendo de se submeter ao processo de seleção formal. “A indicação é uma forma de coletar os candidatos”, acredita Rodrigues. Segundo ele, as imposições de candidatos para determinadas vagas costumam acontecer somente em posições de chefia. “É relativamente difícil que pessoas sejam indicadas para funções técnicas, para as quais é necessário um processo de contratação.” Apesar de alguns cuidados que devem ser tomados, Carmelina acredita que um candidato com indicação tem muito mais chances do que aquele que simplesmente enviou um currículo sem referência nenhuma. “Quando a indicação é por networking, isso com certeza vai facilitar a entrada do profissional na empresa.” http://economia.ig.com.br/carreiras/indicacoes+ajudam+na+busca+por+emprego+mas+nao+sao+carta+branca/n1237999290900.html
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