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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Pacientes divergem sobre uso de remédio

Enquanto alguns se livraram do sobrepeso com medicamento, outros tiveram parada cardíaca Um problema de saúde obrigou Mariana Veiga, de 25 anos, a tomar cortisona por 12 dias. Durante o período, a empresária conta que ganhou 10 quilos, efeito colateral do uso do medicamento. Para se livrar do sobrepeso, ela procurou a ajuda de um endocrinologista. "Ele me receitou anfepramona e sibutramina e também me orientou a fazer dieta e exercícios físicos", conta. Os quilos extras foram perdidos em um mês e meio, segundo Mariana. Desde então, ela deixou de tomar as substâncias e virou uma incentivadora do "uso responsável" dos emagrecedores. "Com orientação médica, não vejo problema." A professora Roberta Merriotte, de 43 anos, também defende o uso dos remédios. Após uma cirurgia bariátrica, ela voltou a engordar. "Foi então que meu endocrinologista indicou sibutramina. Tive receio de voltar a ter problemas de pressão. No meu caso, tomar o emagrecedor não foi uma decisão apenas estética." A pedagoga Cristine Paolillo, de 37 anos, não teve a mesma sorte. Depois de engordar 23 quilos durante a gravidez, procurou um médico para perder peso. Teve de fazer apenas exames de tireoide e de sangue, nenhum cardíaco. No réveillon, dois meses depois de começar a usar a sibutramina, Cristine passou mal e teve três paradas cardíacas. Foi para a UTI, teve o peito aberto e precisou ter um marcapasso e um desfibrilador implantados. Cristine descobriu ser portadora de um tipo grave de arritmia. "Pedi a Deus para não morrer, porque tinha um filho de 1 ano para criar. A sibutramina foi o gatilho para disparar esse meu problema." Mariana e Roberta são contrárias à intenção da Anvisa de proibir os emagrecedores. Ambas defendem que a proibição "puniria quem faz o uso correto das substâncias". "Em vez de bani-los, a Anvisa deveria se preocupar em fiscalizar a comercialização dessas drogas", diz Mariana. "Quando um médico receita o uso, está se responsabilizando", avalia Roberta. Cristine, que hoje faz exames médicos a cada três meses, pensa de modo diferente. "Tive de aprender a comer direito, porque não posso fazer exercícios físicos. Emagreci 4 quilos sozinha, em dois meses. Ainda faltam 10. Mesmo assim, é melhor emagrecer com saúde que ter de tomar remédio." / COLABOROU F.B. http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110216/not_imp680091,0.php

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